DETERMINANTES DA DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E VULNERABILIDADE DE LAGARTOS GYMNOPHTHALMIDAE DA AMAZÔNIA
Modelagem de nicho, Lacunas de amostragem; Floresta Amazônica.
Descobrir como os organismos estão distribuídos e quais são os fatores que afetam essa distribuição tem sido um dos grandes desafios para a ecologia e biogeografia, uma vez que o conhecimento detalhado da distribuição geográfica das espécies é fundamental para a elaboração de políticas de conservação (Silva et al., 2007). Possibilitando melhorar as avaliações de risco de extinção e definir estratégias de conservação eficientes e viáveis (Loyola & Lewinsohn, 2009). Essas informações são valiosas principalmente porque a perda e fragmentação de hábitats são claramente as principais ameaças aos organismos terrestres (Brooks et al. 2002; Gallant et al. 2007; IUCN, 2008).
O desenvolvimento e a implementação de políticas públicas de conservação precisam ser eficientes o suficiente para conseguir selecionar o melhor conjunto de locais ou de estratégias para conservação dentre aqueles disponíveis. Mas para isso, é extremamente necessário dados espaciais de qualidade que consigam representar bem as áreas de ocorrência das espécies (Nóbrega & De Marco Jr., 2011). Porém a existência de informações acuradas sobre a distribuição das espécies são escassos e difíceis de serem obtidos, ainda mais se tratando de áreas biodiversas como as encontradas na Amazônia. Para muitas espécies a sua distribuição geográfica é pouco conhecida e com muitas lacunas, esse problema é definido como “déficit Wallaceano” (Wittaker et al., 2005; Bini et al., 2006).