INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS BIOQUÍMICO, PROTEÔMICO E ESTRUTURAL DA EXPOSIÇÃO PROLONGADA AO CLORETO DE MERCÚRIO SOBRE A MEDULA ESPINHAL DE RATOS
Mercúrio, cloreto de mercúrio, medula espinhal, neurotoxicologia, proteômica, SNC.
O Cloreto de mercúrio (HgCl2) é um poluente químico amplamente encontrado no meio ambiente. Esta espécie de mercúrio e capaz de promover diversos prejuízos ao Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo danos no córtex motor, área relacionada ao planejamento e execução da atividade motora, no entanto permanecem desconhecidos os efeitos do HgCl2 na medula espinhal, uma importante via de comunicação entre o SNC e a periferia. Nós expusemos ratos adultos, por 45 dias, ao HgCl2, via oral, para investigarmos os efeitos na bioquímica oxidativa, perfil proteômico, a em estruturas da medula espinhal. Nossos resultados mostraram que a exposição a este metal promoveu aumento dos níveis de Hg no parênquima medular, prejuízo na bioquímica oxidativa, alteração em proteínas do sistema antioxidante, do metabolismo energético e de estrutura da mielina; bem como causou desorganização na bainha de mielina e redução na densidade neuronal. Assim, concluímos que a exposição prolongada ao HgCl2 provoca alterações bioquímicas e na expressão de diversas proteínas, culminando em danos na bainha de mielina e redução de neurônios na medula espinhal, o que pode estar relacionado com prejuízos motores.