AVALIAÇÃO DE ALTERAÇÕES NEUROQUÍMICAS E COMPORTAMENTAIS EM ZEBRAFISH SUBMETIDO A DIFERENTES ESTÍMULOS ANSIOGÊNICOS
ansiedade, estresse, neuroquímica, zebrafish.
O transtorno de ansiedade é um dos transtornos comportamentais mais bem caracterizados em
indivíduos submetidos a estresse agudo ou crônico. Porém, poucos estudos demonstraram como
diferentes tipos de estressores podem modular as alterações neuroquímicas envolvidas na geração de
ansiedade. No presente estudo, levantamos a hipótese de que sujeitos expostos a diferentes estímulos
aversivos (mecânico, químicao e restrição espacial) apresentam intensidade variada de resposta
comportamental tipo ansiedade associada a padrões distintos de liberação de GABA e glutamato no
cérebro. Para isso, sessenta zebrafish (Danio rerio) adultos serão divididos aleatoriamente em quatro
grupos experimentais: Controle (CTRL), Estresse Agudo de Contenção (EAC), Substância de Alarme Coespecífica (SAC) e Perseguição com Rede (PR). Após a aplicação dos protocolos de estresse, os animais serão transferidos individualmente ao teste de Distribuição Vertical eliciada pela Novidade para análise comportamental. Posteriormente, seus cérebros serão coletados e submetidos ao ensaio de liberação de GABA e Glutamato para quantificação por HPLC. Os resultados preliminares do testes comportamentais utilizados para validar o modelo mostraram que todos os estímulos aversivos foram capazes de induzir comportamento tipo ansiedade. Contudo, o impacto do comportamento ansiogênico foi mais proeminente nos grupos PR e SAC quando comparado ao EAC. Este fenômeno ficou evidente em todos os parâmetros comportamentais analisados (tempo no topo, congelamento, velocidade média, velocidade máxima e natação errática). Esses dados reforçam nossa hipótese de que a natureza do estressor é crucial para provocar diferentes magnitudes de comportamento tipo ansiedade.