MORFOLOGIA MICROGLIAL EM ESPÉCIES DISTANTEMENTE RELACIONADAS: INFLUÊNCIAS FILOGENÉTICA, AMBIENTAL E DE IDADE NOS ESTADOS REATIVOS E DE VIGILÂNCIA DA MICRÓGLIA
age and environment influence on microglia alteration, brain size and microglia response cognitive performances, Felsenstein’s independent phylogenetic contrast, microglia.
Vigilância imunológica microglial do parênquima cerebral para detectar perturbações locais na homeostase, em todas as espécies, resulta na adoção de um espectro de alterações morfológicas que refletem adaptações funcionais. Aqui, revisamos relatos dessas mudanças na morfologia da microglia em espécies distantemente relacionadas em condições homeostáticas e não homeostáticas com três objetivos principais (1): revisar as influências filogenéticas na diversidade morfológica da microglia durante a homeostase (2); explorar o impacto das perturbações homeostáticas (desafio do vírus da dengue) em espécies distantemente relacionadas (Mus musculus e Callithrix penicillata) como um substituto para a resposta imune diferencial em cérebros pequenos e grandes; e (3) examinar as influências do enriquecimento ambiental e envelhecimento na plasticidade da resposta morfológica microglial após um desafio imunológico (infecção por arbovírus neurotrópico). Nossos resultados revelam que as diferenças na morfologia da microglia entre espécies distantemente relacionadas sob condição homeostática não podem ser atribuídas à origem filogenética das espécies. No entanto, cérebros grandes e pequenos, em condições não homeostáticas semelhantes, exibem respostas morfológicas microgliais diferenciais, e argumentamos que a idade e o ambiente interagem para afetar a morfologia da microglia após um desafio imunológico; em particular, os camundongos que vivem em um ambiente enriquecido exibem uma resposta imune mais eficiente ao vírus, resultando na remoção mais precoce do vírus e no retorno mais precoce ao fenótipo morfológico homeostático da microglia do que a observada em camundongos sedentários.