AVALIAÇÃO DE microRNA’S CIRCULANTES NA ESQUIZOFRENIA: DA DESREGULAÇÃO EPIGENÔMICA À POTENCIAIS BIOMARCADORES
Esquizofrenia; microRNA; Saúde mental; Biomarcadores; Epigenética.
Introdução: A esquizofrenia é uma patologia grave e complexa que afeta cerca de 0,5-1% da população mundial, sendo de característica crônica e é reconhecida como uma das 15 principais causas de incapacidade. Para o diagnóstico clínico de esquizofrenia, existem critérios clínicos a serem avaliados, que incluem sintomas de ordem positiva e negativa. Existe uma predisposição genética e sua manifestação ocorre após exposição a estímulos ambientais. Desta maneira, fortes evidências demonstram que estes estímulos ambientais têm a capacidade de agir nos mecanismos epigenéticos que agem na regulação da expressão gênica. Os microRNAs (miRNA’s) são biomarcadores estáveis e potencialmente confiáveis, e alguns miRNA’s já foram previamente identificados como potenciais biomarcadores para a esquizofrenia em amostras periféricas. Objetivo: Avaliar o perfil de expressão dos miRNA’s circulantes em pacientes portadores de esquizofrenia (hsa-miR-34a, miR-449a, miR-564, miR-432, miR-548d, miR-572 e miR-652) em relação a indivíduos controles negativos para a doença. Métodos: Estudo analítico, de caso-controle, transversal, utilizando amostras previamente colhidas de pacientes diagnosticados com Esquizofrenia (N = 650) e grupo de controles (N = 924), que preencheram adequadamente os critérios de inclusão. As amostras foram analisadas após extração de RNA através de sua quantificação e técnicas de obtenção da reação da transcriptase reversa e reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real. Todos os dados foram analisados por meio do programa estatístico IBM SPSS22. Conclusão: Utilizando o método de coleta de sangue periférico com a intenção de encontrar possíveis biomarcadores para a esquizofrenia, foi observada uma expressão aumentada dos sete miRNA’s em vários cenários analisados, demonstrando potencial valor diagnóstico.