"AVALIAÇÃO DO POTENCIAL NEUROPROTETOR DO BETA-CARIOFILENO EM MODELO MURINO DE DOENÇA DE PARKINSON INDUZIDO POR 6-HIDROXIDOPAMINA".
Doença de Parkinson; 6-hidroxidopamina; Neuroproteção; Beta-Cariofileno.
A doença de Parkinson (DP) é tradicionalmente classificada como uma desordem motora caracterizada por tremor em repouso, rigidez muscular, instabilidade postural e bradicinesia. Tais sintomas ocorrem e função da perda progressiva de neurônios dopaminérgicos presentes na substância negra pars compacta (SNpc) e consequente diminuição de dopamina no estriado (STR). A busca por alternativas terapêuticas que possam interromper ou retardar o curso temporal de neurodegeneração na DP é essencial para promover uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Assim, investigamos se o beta-cariofileno (BCP) possui efeitos neuroprotetores em modelo murino de DP induzido por 6-hiddroxidopamina (6-OHDA). Para tal, realizamos testes comportamentais como teste de rotações induzidas por apomorfina e teste de exploração em campo aberto, mensuramos a densidade óptica de fibras estriatais, quantificamos neurônios e micróglias na SNpc por estereologia e avaliamos a capacidade antioxidante total do STR e mesencéfalo. Nossas evidências demonstram que o BCP: reduziu o grau de neurodegeneração induzido por 6-OHDA, melhorou o desempenho motor, protegeu fibras estriatais e neurônios dopaminérgicos, além de diminuir a ativação microglial na SNpc. Entretanto, não alterou a capacidade antioxidante total no STR e mesencéfalo. Dessa forma, o BCP demonstrou um potencial efeito neuroprotetor no modelo de DP induzido por 6-OHDA, que merece ser melhor caracterizado para futuras aplicações translacionais.