A EXPOSIÇÃO AO ALUMÍNIO EM DOSES EQUIVALENTES A EXPOSIÇÃO URBANA EM PARÂMETROS MOTORES, COGNITIVOS E SANGUÍNEOS.
alumínio, cognição, comportamento motor, estresse oxidativo
O Alumínio (Al) é o terceiro metal mais abundante na crosta terrestre, estando presente em grandes quantidades no solo e na água, sua elevada biodisponibilidade o torna um importante contaminante ambiental. O Al é considerado um agente neurotóxico e acumula-se no sistema nervoso, sendo esse comportamento associado a diversas doenças neurodegenerativas. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre os seus efeitos em doses semelhantes ao consumo humano no sistema nervoso e bioquímico. Assim, este estudo investigou os efeitos da exposição crônica ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre a cognição, comportamento motor e estresse oxidativo. Para tal, ratos Wistar adultos foram divididos em três grupos: Al1 (8,3mg/Kg/Dia), Al2 (5,2mg/Kg/Dia) e Controle (Água destilada) sendo expostos por via oral durante 60 dias. Após o período de exposição, foram realizadas avaliações comportamentais, histológicas, parâmetros de estresse oxidativo e quantificação dos níveis de alumínio no sangue. Não foram observadas alterações no comportamento motor, houve alteração em apenas um parâmetro exploratório e na cognição. Não foram encontradas diferenças na população dos neurônios de purkinje entre os grupos experimentais. A exposição ao Al elevou os níveis deste metal no sangue, alterando também os parâmetros da bioquímica oxidativa. Dessa forma, podemos afirmar que a exposição ao Al em ratos, em doses equivalentes a exposição urbana e em doses potencialmente seguras são capazes de promover quebra da homeostasia sanguínea, alterando o equilíbrio bioquímico hipocampal, gerando um estado de estresse oxidativo e dano cognitivo, porém não sendo capaz de promover alterações significativas no cerebelo e em parâmetros motores.