DEGRADAÇÃO DE PROTEOGLICANOS COMO ESTRATÉGIA TERAPÊUTICA PARA A REGENERAÇÃO FUNCIONAL APÓS LESÃO ISQUÊMICA FOCAL DA MEDULA ESPINHAL
LESÃO MEDULAR, TRATO CORTICOESPINHAL, ENDOTELINA-1
Para investigar o efeito terapêutico da enzima bacteriana condroitinase ABC na lesão isquêmica unilateral do trato corticoespinhal e nas recuperação das funções motoras da pata anterior de ratos (Wistar), utilizaremos 18 animais (CEPAE/UFPA protocolo BIO007912), pesando entre 250-300g, divididos nos grupos Sham (n = 6), Lesão (n = 6) e ChABC (n = 6). Os animais serão anestesiados com 0,1 ml (9 mg/kg) de xilazina e 0,7ml (72 mg/kg) de cetamina. Será feita uma laminectomia parcial de C4 para expor as colunas dorsais. Utilizando-se micropipeta serão injetados, a profundidade de 1 mm a partir da superfície pial, um volume de 250 nL de solução salina (Sham) ou salina/endotelina-1 (Lesão e ChABC) próximo à artéria dorsal média. Após remoção da micropipeta, uma fatia de EVA (150 mm) saturada com BSA ou ChABC será implantada sobre a lesão, o animal receberá sutura e será devolvido à gaiola de origem. A lesão será avaliada em cortes transversais (50 mm) corados pela técnica de Nissl e a cicatriz glial por imunohistoquímica para GFAP. As funções motoras das patas anteriores serão avaliadas por testes sensório-motores específicos antes da lesão e após 3, 7 e 14 dias. Os resultados serão avaliados estatisticamente por teste de ANOVA com análise post-hoc de Tukey (a = 0,05). Nossos resultados preliminares mostram que no décimo quarto dia após lesão a microinjeção de solução salina no grupo Sham não causou alteração morfológica da medula espinhal. Por outro lado, a microinjeção de solução salina/endotelina-1 nos grupos lesão e ChABC, mostra um sítio de lesão sobre o trato corticoespinhal.