“SISTEMA ROBOTIZADO PARA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM ACOMETIDOS PELO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE”
acidente vascular encefálico, AVE, Tecnologia assistiva, controle de tronco.
Os gastos com o Acidente Vascular Encefálico (AVE) são diversos: o custo para o indivíduo e para a
sua família (pois os cuidados adicionais com a saúde demandam tempo fora do trabalho), o custo para
o governo (por meio dos serviços de saúde) e o custo para o país (pela perda de produtividade). No
entanto, o valor de uma vida humana está além desse breve informe. A proposta apresentada aqui visa
ao desenvolvimento de um produto que melhore a qualidade de vida das pessoas, na forma de um
dispositivo capaz de realizar movimentos que incrementem a reabilitação de pacientes, principalmente aqueles que sofrem as consequências do AVE. Este projeto de criação de um produto assistivo é original em sua concepção, sendo resultado da experiência adquirida na investigação cinesiológica, em desenvolvimento de equipamentos, de processamento de sinais biológicos e de softwares pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Estado do Pará, no Núcleo do Programa de Pós-graduação em Neurociências e Biologia Celular. O produto incorpora princípios de robótica por meio de um sistema relativamente simples e eficiente, composto de ferramentas analíticas que possibilitarão medir a evolução do quadro de reabilitação. Considerando que a reabilitação de pacientes com quadros de AVE ou similares pode ser limitada pela memorização da sequência de exercícios, este produto promove um conjunto de exercícios pré-programados, que obedecem a uma sequência aleatória, dificultando a aprendizagem dos movimentos, além de incentivar o controle de tronco como medida principal para a ativação motora, desfazendo, assim, um possível viés nesta reabilitação. A presente proposta de desenvolvimento de produto assistivo não ambiciona curar o AVE, mas é inovadora e agrega tecnologia de baixo custo aos recursos atualmente disponíveis no Serviço Único de Saúde (SUS), bem como em hospitais e centros de pesquisa, enriquecendo as ferramentas para o tratamento do AVE e propiciando autonomia, qualidade de vida e inclusão social dos acometidos.