“Efeitos da Atividade Física Voluntário na Recuperação Funcional, na Área de Lesão e nos Níveis
Séricos de Cortisol e de Citocinas Inflamatórias em Modelo Experimental de AVE Isquêmico
(AVEi)”
Atividade Física Voluntária, Recuperação Funcional, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico,
Citonias
O acidente vascular encefálico (AVE) é resultante da oclusão (isquemia - AVEi) ou da
ruptura (hemorragia - AVEh) de vasos sanguíneos no sistema nervoso central (SNC),
envolvendo uma sequência de eventos que levam à neuroinflamação e, consequentemente, à
morte celular e lesão do tecido nervoso. O exercício físico tem sido utilizado como estratégia
de reabilitação para as repercussões clínicas neurológicas em associação ao tratamento
medicamentoso e envolve a redução do estresse oxidativo, a liberação de fatores de
crescimento celular no SNC e o aumento das chances de recuperação funcional. Dessa forma,
o presente projeto avalia os efeitos do exercício físico voluntário na recuperação funcional, na
área de lesão, nos níveis séricos de cortisol e de citocinas inflamatórias em modelo
experimental de AVE isquêmico (AVEi) focal na representação sensório-motora (S1/M1) da
pata anterior. Utilizamos modelos de experimentação animal (Rattus novergicus, todos
machos e da linhagem Wistar) que sofrem indução experimental de acidente vascular
encefálico isquêmico (AVE i ) através do uso de microinjeções do vasoconstritor Endotelina-1
(ET-1 – SIGMA Aldrish), especificamente na representação sensorial (S1) e motora (M1) da
pata anterior. Os animais são organizados nos grupos experimentais: grupo controle (GC),
grupo sham (GS), AVE sem exercício físico voluntário (AVE) e AVE com exercício físico
voluntário (AVE+EX). São realizados os testes do staircase e escada horizontal durante a fase
aguda do AVE i (até 3, 7 e 14 dias após a cirurgia) e todos os grupos experimentais são
submetidos à coleta sanguínea para analisar os níveis séricos de cortisol, de interleucina 4 e
interleucina 1α. Os procedimentos de imunohistoquímica envolvem a marcação dos corpos de
neurônios com o anticorpo monoclonal anti-NeuN para contagem do número total de
neurônios e a marcação da cicatriz glial na área de lesão com o uso do anticorpo anti-GFAP
para contagem do número total de astrócitos. A análise da área de lesão é feita por coloração
de Nissl. Por fim, os dados são analisados com o auxílio do sofware GraphPad Prism8 por
meio da análise de variância (ANOVA) de uma via corrigidas por pós-teste Tukey intergrupo
ou teste Kruskal-Wallis. Para testar se há correlação entre a área da lesão, a cicatriz glial e o
desempenho funcional é utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. A significância
estatística é de p<0,05 e todos os dados são apresentados como média ± desvio padrão.