RUPTURA TOTAL DO TENDÃO DE AQUILES INDUZ RESPOSTA INFLAMATÓRIA E ATIVAÇÃO GLIAL NA MEDULA ESPINHAL DE CAMUNDONGOS
Glia, Oxido nítrico, tendinopatia, medula espinhal.
A ruptura do tendão de Aquiles é um acidente comum que afeta atletas profissionais e recreativos. Dores agudas e crônicas são sintomas comumente observados em pacientes após ruptura, os fatores que causam sensibilidade exagerada à dor em pacientes com tendinopatia são pouco compreendidos. Apesar disso, poucos estudos descreveram se a ruptura do tendão de Aquiles é capaz de promover distúrbios no sistema nervoso central (SNC). Com base nesses achados, o presente estudo teve como objetivo avaliar as alterações nociceptivas e a resposta inflamatória no segmento lombar L5 da medula espinhal de camundongos Balb/c após a ruptura do tendão de Aquiles. Demonstramos, pelo teste de sensibilidade mecânica, aumento da resposta algésica na pata do grupo rompido no 7º e 14º dias pós tenotomia quando comparado ao grupo controle. Esse fenômeno foi acompanhado por hiperativação de astrócitos e micróglia em áreas nociceptivas da medula espinhal L5 evidenciado por intensa imunomarcação de GFAP e IBA-1. Ainda serão avaliados a ativação inflamatória através da expressão de COX-2 e NOS-2. Estudos bioquímicos também serão realizados para avaliar os níveis de nitrito na medula espinhal L5 de animais tenotomizados quando comparados ao grupo controle. Assim, demonstramos previamente que a ruptura total do tendão de Aquiles induz alteração do limiar nociceptivo mecânico acompanhado de ativação glial e microglial no SNC na região da medula espinhal L5.