AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA COM PEGASPARGASE E SEUS EFEITOS NA EXPRESSÃO DE ASPARAGINA SINTETASE
Leucemia linfocítica aguda, Asparaginase, Expressão gênica, Terapia.
A leucemia linfóide aguda (LLA) é a neoplasia mais frequente na infância, sendo uma das principais formas de tratamento o uso do fármaco L-Asparaginase. Este tem como mecanismo de ação, agir no aminoácido L-asparagina no sangue, convertendo-o em ácido aspártico e amônia. As células neoplásicas de LLA sofrem um silenciamento genético impedindo a formação da enzima asparagina sintetase, que produz L-asparagina através de ácido aspártico e amônia, tornando-as extremamente dependentes da L-asparagina extracelular, enquanto as células normais produzem L-asparagina através da asparagina sintetase. Desta forma, a redução da disponibilidade extracelular da L-asparagina impede, consequentemente, a proliferação de células neoplásicas. Entretanto, a L-asparaginase pode ter seu efeito comprometido devido uma resposta imune induzida, resultando na produção de anticorpos anti-asparaginase causando uma reação anafilática ou inativação silenciosa da enzima. Devido estas reações, foi desenvolvida a pegaspargase, que demonstra uma maior eficiência com uma menor probabilidade de desenvolvimento de resposta imune. Este trabalho tem o objetivo verificar a eficácia do tratamento com pegaspargase, sua influência na clínica do paciente, e avaliar o potencial de influências genéticas/epigenética que possam afetar a ação do fármaco por meio de colorimetria para quantificar a atividade enzimática da pegaspargase, assim como para quantificação de amônia e L-asparagina. O nível de expressão gênica das enzimas endógenas, serão mensurados por Realtime PCR para quantificação do RNAm do gene ASNS, responsável pela produção da enzima asparagina sintetase. A análise integrativa dos genes, enzima e produtos, deverá proporcionar uma melhor avaliação e predição dos efeitos da terapia, assim como as potenciais justificativas para mudanças de desfecho terapêutico.