BACTÉRIAS E VÍRUS ASSOCIADOS À GLÂNDULA SALIVAR E INSTESTINO MÉDIO DE MOSQUITOS TRANSMISSORES DE FEBRE AMARELA SILVESTRE EM SANTA BÁRBARA/PA, BRASIL
Diversidade. Metagenômica. Microbioma. Viroma
Há décadas pesquisadores tentam contornar epidemias de arbovírus, porém, muitas vezes sem sucesso. Isto porque esses vírus são transmitidos rapidamente e em grande escala por mosquitos vetores, os quais ocupam uma larga faixa de distribuição especialmente nas zonas tropicais. Devido esse problema de saúde pública, muitos estudos com mosquitos têm sido desenvolvidos nos últimos anos, e um novo conceito tem sido aplicado à capacidade vetorial desses insetos: a maneira como a transmissão de arbovírus ocorre depende dos demais microrganismos associados. Em outras palavras, a transmissão de doenças importantes como a febre amarela também depende das bactérias que esse mosquito carrega; e mais, também depende dos outros tipos de vírus presentes no mosquito. Saber disso muda o modo como enxergamos a capacidade vetorial e o controle de epidemias. Por isso, os objetivos deste trabalho focam em conhecer a diversidade de bactérias e vírus que vivem na glândula salivar e intestino médio de mosquitos transmissores de febre amarela silvestre. Para isso, a abordagem de sequenciamento de nova geração será utilizada. Esperamos encontrar uma comunidade diversa de bactérias e vírus, que possui variações significativas quando comparamos dois órgãos diferentes ou mesmo espécies de mosquitos diferentes; isto porque acreditamos no microbioma e no viroma como sendo partes constituintes da identidade de cada ser, claro que respeitando as interseções que obviamente são comuns a todos.