ANÁLISE GENÉTICA DE SUBUNIDADES DO COMPLEXO I MITOCONDRIAL NA PATOGÊNESE E NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON
Doença de Parkinson; Responsividade à Levodopa; Complexo I mitocondrial
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é considerada a segunda condição neurodegenerativa mais frequente do mundo, ocasionando sintomas de caráter motor e diversos sintomas não motores. Dentre as formas de tratamento, a Levodopa (L-DOPA) é o medicamento mais utilizado e considerado o mais eficaz contra os sintomas motores comparado com outras formas de terapia medicamentosa. Considerando que alguns fatores podem interferir na responsividade dos pacientes à Levodopa, investigamos aqui a variabilidade genética por meio da ancestralidade genômica e da disfunção mitocondrial, através do complexo I mitocondrial (CI). O dano mitocondrial a partir da inibição do CI principalmente por meio de disfunções nas suas subunidades centrais pode estar relacionado ao desenvolvimento e progressão da DP e também à responsividade a Levodopa.
Objetivo: Investigar variantes genéticas em subunidades do CI que possam estar envolvidas na patogênese, no fenótipo motor e na resposta terapêutica à Levodopa na Doença de Parkinson.
Metodologia: Este estudo contará com 42 indivíduos sem DP, como grupo controle, e 44 pacientes com DP, compondo o grupo caso, além disso, a partir do grupo caso será aplicado o teste de desafio com Levodopa, para verificar a responsividade dos pacientes à esse medicamento. Posteriormente, será realizada a amplificação dos genes de interesse por PCR, em seguida o sequenciamento de nova geração, análise de variantes e de ancestralidade genômica.
Resultados: Nossos resultados preliminares demonstraram as características demográficas da coorte de estudo, além da distribuição e frequência de variantes entre os grupos. Encontramos diferenças estatisticamente significativas na análise da frequência de variantes por indivíduo de acordo com cada gene dentro dos grupos e observou-se uma possível relação de variantes com a patogênese da DP.