A INFLUÊNCIA DOS GENES NA DEFINIÇÃO DO FENÓTIPO FACIAL
“Prognatismo ou retrognatismo mandibular”, “tipo facial”, “Polimorfismo de nucleotídeo único”
As más oclusões ocupam a terceira posição na escala de prioridades e de problemas de saúde bucal no Brasil, país em que apenas 5% da população têm acesso regular aos serviços de atendimento odontológico, dos quais 15% a 17% tiram proveito de forma irregular. As más oclusões podem ser causadas por padrões neuromusculares atípicos determinados por hábitos deletérios, modificando a posição dos dentes e promovendo alterações no Sistema Estomatognático. Uma das questões centrais da ortodontia moderna é: como as descobertas na área da genética afetarão diretamente os conceitos e as abordagens no tratamento ortodôntico e de que forma os fatores genômicos e epigenéticos podem ser manipulados e introduzidos no tratamento individual de cada paciente. O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância da genética na previsão antecipada das discrepâncias faciais e na previsão do crescimento maxilar e mandibular através da análise de determinados genes que estão envolvidos no crescimento e desenvolvimento crânio facial. A ortodontia baseada no genoma usa a informação genética para tentar antecipar e melhorar o diagnóstico e tratamento de distúrbios dentários e deformidades dento faciais. Nos últimos 20 anos houve uma convergência de princípios e conceitos entre a genética e a ortodontia/ortopedia que levará a um avanço significativo dos tratamentos ortodônticos, contudo a sua aplicação prática não será imediata.