Chromatic polymorphism and convergent mimicry in the genus Bryconops Kner, 1858 (Ostariophysi: Characiformes: Iguanodectidae) from the Amazon.
evolução, padrão de cor, Amazônia
A fauna de peixes presentes em águas claras, águas pretas e águas brancas tendem a ser distintas em cada uma delas. Muitos peixes de pequeno porte na Amazônia apresentam uma variação no padrão de cor que ajuda na defesa contra predadores quando formam cardumes. Entre essas espécies temos membros do gênero Bryconops, Kner (1858), que necessita de revisão taxonômica, que inclui dois subgêneros claramente distinguidos por características morfológicas. Cada subgênero inclui espécies amplamente distribuídas como B. caudomaculatus e B. melanurus que apresentam variações em padrão de cor entre populações. Para determinar se o padrão de cor pode ser considerado útil para revisão taxonômica, analisamos as cores em relação à filogenia usando testes de independência de sinal filogenético e o teste de Wheatsheaf para verificar se estes caracteres apresentam convergência evolutiva. Os testes de sinal filogenético indicaram independência filogenética para a coloração das nadadeiras acima da linha mediana do corpo e o teste de Wheatsheaf apoia fortemente que dentre estas cores, a cor da nadadeira dorsal foi significantemente convergente entre espécies encontradas no mesmo tipo de água e a cor do lobo dorsal da nadadeira caudal mostrou uma tendência de convergência similar. Os resultados mostram que dependendo do tipo de água em que as espécies são encontradas eles podem apresentar uma coloração específica. A convergência de padrão de cor é esperada a refletir a seleção comum entre espécies porque deve ser resultado de seleção por predação, e assim incorporar as capacidades visuais dos predadores e a influência do ambiente visual local. Portanto a cor em si não deve ser considerada um caractere confiável para revisões taxonômicas nestes táxons.