DNA AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA AMAZÔNICA
Metagenômica, Sequenciamento de nova geração, qPCR, Citocromo Oxidase I, Amazônia.
A Amazônia é considera a última barreira de desenvolvimento de negócios agroindustriais no Brasil. Sua grande extensão e formações naturais impendem a realização de inventários faunísticos e/ou florístico devido ao alto custo envolvido em logística. Associado ao fator logístico, até o momento não foi desenvolvida nenhuma técnica que permitisse o inventário total da riqueza de um dado ecossistema em espaço de tempo considerado relativamente curto. Além de que, para um eficaz levantamento das espécies existentes diversas técnicas devem ser empregadas em conjunto o que, aumenta ainda mais o custo de projetos de inventários. Estudos ecológicos que visem o monitoramento das espécies necessitam, além de correta identificação da espécie, dados sobre suas abundâncias o que, para espécies raras e/ou crípticas pode se tornar um grande desafio. Neste sentido, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para um melhor e, mais eficaz conhecimento a cerca da biodiversidade funcional e ecológica de ecossistemas, dentre elas, o uso de análises genômicas envolvendo a extração de DNA em amostras ambientais. Os primeiros estudos envolvendo o uso de eDNA foram aplicados em amostras de solo para a extração de DNA de plantas. Atualmente a técnica já foi testada em ambientes aquáticos de clima temperado com resultados satisfatórios. O monitoramento de espécies através do DNA ambiental pode ser uma alternativa rápida e eficaz, em locais onde a logística é um dos principais problemas na execução de projetos, como a região Amazônica, no entanto, este método não foi aplicado em ambientes aquáticos de ecossistemas tão complexos como estes, onde existe ampla variação nos parâmetros físico-químicos da água. Desta maneira, neste estudo pretende-se utilizar ambientes controlados de aquários como modelo experimental, trabalhando com abundâncias e biomassa conhecidas a fim de testar a capacidade do método. Em segunda intensão, pretende-se reproduzir o modelo gerado de forma experimental em ambientes naturais a fim de recuperar tanto a riqueza como a abundância da ictiofauna local.