RELAÇÃO ENERGIA:PROTEÍNA NAS DIETAS PARA FILHOTES DE MUÇUÃ (Kinosternon scorpioides) CRIADOS EM CATIVEIRO: PARÂMETROS DE CRESCIMENTO E HISTOLÓGICO.
Kinosternon scorpioides; nutrição; histologia.
A criação de animais silvestres em cativeiro com finalidade comercial no Brasil vem se intensificando ao longo dos anos e, a quelonicultura vem ganhando destaque na região amazônica. Mesmo essa atividade apresentando boas qualidades zootécnicas, poucas são as informações cientificas e tecnológicas disponíveis para seu cultivo intensivo, sendo a questão alimentar uma das principais dificuldades encontradas. O muçuã (Kinosternon scorpioides) é uma espécie onívora considerada oportunista, havendo poucas pesquisas sobre a nutrição e exigências nutricionais desses animais em cativeiro, nas diversas fases de criação. Dietas impróprias são as principais causas de doenças encontradas nesses animais criados em cativeiro, tornando necessário estudos histológicos dos órgãos envolvidos no metabolismo da digestão e absorção de nutrientes para uma tomada de decisão quanto ao tipo de alimento e proporções adequadas recomendadas na dieta. Portanto, o objetivo deste trabalho é determinar o nível de exigência de energia e proteína bruta em filhotes de muçuãs (Kinosternon scorpioides) a partir de um ano de idade criados em cativeiro, através da avaliação de crescimento e da avaliação histológica do trato gastrointestinal. O experimento terá duração de seis meses e será conduzido no Campus Experimental Ermerson Salimos - CEMES/BAGAM (Banco de Germoplasma da Amazônia Oriental), utilizando 90 animais distribuídos em 18 unidades experimentais. A dieta terá três níveis de proteína bruta (32%, 36%, 40%) e dois níveis de energia bruta (3500 kcal e 4500 kcal), totalizando seis tratamentos, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizados com três repetições cada. A análise biométrica será realizada a cada 15 dias e serão calculados o ganho de peso (GP), consumo real (CR), conversão alimentar (CA), índice eficiência alimentar (IEA) e taxa de crescimento especifico (TCE). Para a análise histológica, ao final do experimento, três animais de cada tratamento serão eutanasiados para a remoção do fígado, estômago e intestino para o cálculo índice hepatossomático e confecção de lâminas histológicas permanentes seguindo rotina laboratorial sendo coradas usando a técnica com Hematoxilina e Eosina (HE) para a microscopia de luz. Os resultados serão submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias serão comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. Para verificar a associação entre as variáveis de crescimento, os resultados serão submetidos ao método de Correlação de Pearson. Os dados de crescimento e desempenho quinzenais serão submetidos a Análise de Regressão.