A SAGA DO MERO (EPINEPHELUS ITAJARA) NA COSTA PARAENSE SOB PLANO DE MANEJO: O QUE TEMOS, O QUE SABEMOS E PARA ONDE IREMOS
Epinephelus itajara, mero, manejo, Amazônia.
Em 2002 o governo brasileiro instituiu a moratória da atividade de pesca de meros (Epinephelus itajara; LICHTENSTEIN, 1822) por cinco anos consecutivos, sendo essa a primeira espécie a ter uma portaria específica no Brasil. A respectiva portaria foi renovada, dado que os estoques da espécie não apresentaram sinais de recuperação. Atualmente a atividade de pesca de meros continua proibida até 2023 por meio da portaria nº 13/2015 (Brasil, 2015). Desde a implementação da moratória estima-se uma redução de aproximadamente 70% das capturas de E. itajara, na costa brasileira. Este dado, no entanto, possivelmente não reflete uma redução real nas capturas, uma vez que muitas delas podem não ter sido reportadas mesmo antes da moratória. Esta pesquisa tem por objetivo contribuir na identificação de aspectos socioeconômicos associados aos saberes ecológicos locais de forma a relacioná-los aos problemas de gestão e manejo que envolvem a captura do mero na costa paraense. O trabalho volta-se à tentativa de compreender os motivos pelos quais a captura clandestina ainda acontece, dentro de uma perspectiva social e econômica envolvendo os pescadores artesanais da costa paraense. O trabalho faz uso de metodologia marcada por abordagem qualitativa e quantitativa junto aos pescadores da Vila de Pescadores, ou Vila Bonifácio – Bragança/PA.