ATIVIDADE LEISHMANICIDA DO ÓLEO-RESINA EXTRAÍDO DA ESPÉCIE Copaifera reticulata DUKE DO ESTADO DO PARÁ
Leishmania (Leishmania) amazonensis, Atividade Leishmanicida; óleo de copaíba.
As leishmanioses integram um conjunto de doenças que são causadas por protozoários da família Trypanosomatidae e do gênero Leishmania. Esses protozoários são transmitidos aos seres humanos por meio da picada de insetos flebotomíneo. Atualmente, o tratamento utilizado para a leishmaniose baseia-se na utilização de fármacos como: os antimoniais pentavalentes, a anfotericina B e a sua formulação lipossômica, a miltefosina, a paromomicina e a pentamidina. Estudos mostram que alguns fatores estão associados a deficiências graves como toxicidade, alto custo de comercialização, administração prolongada e possível surgimento de resistência por parte do parasito. A busca por substâncias alternativas surge com o objetivo de fornecer tratamentos adequados, sendo os produtos naturais uma fonte promissora de recursos, principalmente os de origem na região Amazônica, que apresenta uma vasta biodiversidade. Estudos com plantas do gênero Copaifera, popularmente conhecidas como copaíba, vem se destacando devido as diversas propriedades medicinais já descritas, como por exemplo atividade anti-inflamatória, antitumoral, antimicrobiana e antiproliferativa. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a ação do óleo de copaíba extraído da espécie Copaifera reticulata DUCKE, em diferentes concentrações, sobre o protozoário de Leishmania (L.) amazonensis e a célula hospedeira. A análise dos resultados permitiu observar que o óleo de copaíba não apresentou citotoxicidade para macrófagos peritoneais murinos nas concentrações testadas, assim como também promoveu a redução do número das formas amastigotas, ativando mecanismos de resposta microbicidas da célula. De forma geral, o óleo apresentou resultados promissores no que se refere à ausência de citotoxicidade, alterações morfológicas na célula hospedeira e padrões de ativação celular.