FATORES DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM PESSOAS VIVENDO COM HIV (PVHA)
Doenças Cardiovasculares; Fatores de Riscos; Infecções por HIV
Desde o início da pandemia de HIV o Ministério da Saúde do Brasil em conjunto com a Organização Mundial da Saúde estudam estratégias para conter a proliferação, atualmente os antirretrovirais vem apresentando excelente eficácia no controle da infecção e melhoria da qualidade de vida da PVHIV, com menores reações adversas e alterações bioquímicas, com redução de riscos de complicações e de mortalidade. O presente estudo teve por objetivo avaliar a presença de fatores de riscos cardiovasculares em PVHIV de um serviço de atendimento especializado em Belém-Pa, é um estudo transversal com 279 PVHIV superior a 18 anos, para coleta de dados foi aplicado um formulário com variáveis socioeconômica, bioquímicas, imunológicas, antropométrica e alimentar, o nível de normalidade foram comparadas a padrão da ABC e NCEP - ATP III, 2002, e IDF, 2005, análise de RCV foi utilizada a calculadora de Framingham, para análise estatística utilizamos o Qui-quadrado e Fisher, para associação dos resultados foi realizado análise bivariada Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5% e p < 0,05. Houve prevalência do sexo masculino (62,7%), na faixa etária entre 31 a 49 anos (43,4%), escolaridade ensino médio (47,3%), renda familiar de um salário mínimo (50,2%). O estado nutricional apresentou alterado na maioria da população (55,5%) entre sobrepeso e obesos. A maioria (45,2%) apresentou baixo risco de desenvolvimento de DCV; quando usada a RCEst houve predomínio de RCV em (86,4%), ao utilizar a CC isoladamente houve ausência de RCV em (50,95). Os resultados laboratoriais em maioria apresentaram valores desejáveis para CT (69,2%), LDL-c (93,9%), TG (58,4%), glicose (59,5%), pressão arterial (84,3%), a exceção foi para o HDL-c que apresentou níveis abaixo do aceitável em (67%). A CV em maior percentual (77,8%) apresentou não detectável e a quantificação de linfócitos TCD4+ apresentou desejável em (47,7%), quanto a razão LTCD4+/ LTCD8+ (50,9%) a maioria não representou RCV. A maioria já utilizava a TARV em um período de 01 a 02 anos (53%). Em análise da classe de medicamentos e o desenvolvimento de alterações laboratoriais a maioria (59,1%) não sofreu alteração com o uso de esquema terapêutico composto de ITRN em associação a classe dos Inibidores de Integrase, com valores estatisticamente significativos. O consumo alimentar mostrou qualitativamente inadequado quanto ao grupo de alimentos e insuficiente em vitaminas, minerais e fibras.