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Banca de DEFESA: JANETE SILVANA SOUZA GONÇALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANETE SILVANA SOUZA GONÇALVES
DATA: 28/06/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório "João Paulo Mendes"- ICB/ UFPA
TÍTULO:

PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR HTLV EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DA ILHA DE MARAJÓ


PALAVRAS-CHAVES:

 HTLV, Anticorpos, Epidemiologia, Vírus


PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
SUBÁREA: Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
ESPECIALIDADE: Virologia
RESUMO:

A infecção pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV) é silenciosa e de distribuição heterogênea em diferentes populações. Sua origem ocorreu no continente africano tendo se dispersado para outros continentes por meio do fluxo migratório humano, dentre eles, o tráfico de escravos para o Brasil. Esse projeto tem como objetivo geral avaliar os aspectos epidemiológicos da infecção pelo HTLV nas comunidades quilombolas Mangueiras, São Vicente, Siricari, Paixão, Boa Vista e Deus Ajude do município de Salvaterra na Ilha do Marajó, Estado do Pará (Brasil). O trabalho é um estudo observacional de corte transversal, descritivo, de prevalência de anticorpos para o HTLV-1/2 por meio de testes sorológicos (ELISA Murex HTLV I + II, DiaSorin) usando o método de amplificação de ácido nucleico por PCR em Tempo Real (PCR). Os participantes responderam a um questionário epidemiológico contendo informações sobre: sexo, idade, escolaridade, renda familiar, orientação sexual, comportamentos de risco, idade da primeira relação sexual, menarca, número de parceiros e uso de preservativos nas relações sexuais. Foram estudados 225 indivíduos das seis comunidades quilombolas da Baía do Marajó, sendo 62,7% composta por mulheres, 28% eram adultos com idades entre 30 a 44 anos, 73,3% se autodeclarou pretos, 50,2% disseram ser casados, 54,2% informaram viver com menos de um salário-mínimo e 52,4% com ensino fundamental. Em relação aos fatores de risco à infecção pelo HTLV analisados, 96% declarou ter sido amamentada na infância, 48% relataram fazer uso de preservativo nas relações sexuais, 85,8% negaram ter realizado transfusão de sangue, 73,3% afirmou ter apenas um parceiro por semana, o uso de tatuagem, de piercing e de compartilhamento de agulhas entre pessoas que injetam drogas recreativas foi pouco comum. A prevalência total da infecção pelo HTLV encontrada foi de 0,44% (1/225), com único indivíduo confirmado para HTLV-1, procedente da comunidade de São Vicente, sendo a prevalência nesta comunidade de 4,35% (1/23). Informou ter realizado transfusão sanguínea no ano de 1983, após o nascimento de seu filho e ter sido amamentada quando criança por ama de leite. Dos dez filhos vivos, três foram localizados e destes, a infecção pelo HTLV-1 foi confirmada em uma filha, a qual informou ter sido amamentada quando criança. Embora as amostras estudadas tenham, coletivamente, apresentado resultados pouco relevantes para alguns fatores de risco investigados, observou-se a presença de comportamentos que levam ao risco de disseminação do vírus por meio da transmissão vertical e sexual, assim como a circulação de outras IST. A forma de transmissão mãefilho foi realizada pela primeira vez em comunidades remanescentes de quilombos no estado do Pará, de modo que é recomendável a implementação de vigilância epidemiológica associada a campanhas educativas com vista a minimizar a possível emergência do HTLV nessa região. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1751742 - GREICE DE LEMOS CARDOSO COSTA
Presidente - 2181958 - IZAURA MARIA VIEIRA CAYRES VALLINOTO
Externo ao Programa - 326592 - JOAO FARIAS GUERREIRO
Interno - 2492740 - ROSIMAR NERIS MARTINS FEITOSA
Notícia cadastrada em: 19/06/2024 10:48
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