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Banca de DEFESA: FLÁVIA PÓVOA DA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FLÁVIA PÓVOA DA COSTA
DATA: 18/06/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 343- ICB UFPA
TÍTULO:

FATORES GENÉTICOS, CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS ASSOCIADOS À DURAÇÃO DA RESPOSTA POR ANTICORPOS IgG NA COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

COVID-19; anticorpos; imunogenética; marcadores genéticos.


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
SUBÁREA: Genética Humana e Médica
RESUMO:

Durante a pandemia de COVID-19, foram observadas diferentes respostas ao vírus entre indivíduos, seja após a infecção natural ou a vacinação. As diferentes respostas imunitárias podem ser explicadas por fatores comprovados na literatura especializada, como idade, presença de comorbidades, gravidade da doença, coinfecção e variantes do SARS-CoV-2, e ainda pelas variações genéticas do indivíduo. Na resposta imune ao SARS-CoV-2, além da ativação e coordenação de vários tipos de células T, existem ainda os anticorpos que desencadeiam várias interações com os sistemas imunológicos inato e adaptativo, possibilitando a eliminação do patógeno. O papel dos anticorpos é indispensável na proteção do hospedeiro pois estes possuem mecanismos para controlar e erradicar infecções, como a capacidade de se ligarem e neutralizarem diretamente aos micro-organismos. No caso do SARS-CoV-2, desde o início da pandemia, vários estudos foram realizados com o fim de se entender a resposta humoral, porém com foco principal na persistência de anticorpos após infecção natural ou após a vacinação. A resposta de IgG anti-SARS-CoV-2 por exemplo, pode persistir por mais de seis meses, porém em 30% dos infectados esse tempo pode ser menor ou igual a três meses. Devido à falta de dados na literatura sobre possíveis fatores que podem estar associados a resposta imune no período pré-Ômicron e pré-vacina, estudos sobre a genética do hospedeiro e outros mecanismos envolvido na COVID-19 são essenciais para o entendimento das formas clínicas e das respostas do organismo ao vírus. Diante disso, este estudo objetivou caracterizar aspectos genéticos, clínicos, imunológicos e sorológicos associados à duração da resposta adaptativa humoral na infecção por SARS-CoV-2 em pacientes não-vacinados usando painéis de genes candidatos e análises de níveis de anticorpos e citocinas plasmáticas. A caracterização pode ser feita pela análise de associações entre os parâmetros clínicos, variáveis demográficas e epidemiológicas, bem como padrões de produções de citocinas e genótipos de polimorfismos e os dados de duração da resposta IgG anti-SARS-CoV-2 dos pacientes. Dados sorológicos sobre a duração da resposta IgG anti-SARS-CoV-2 de dois estudos anteriores foram reunidos e integraram os resultados com os níveis de citocinas plasmáticas e o perfil genético de 10 polimorfismos imunologicamente relevantes, juntamente com os níveis plasmáticos de IgG total, IgA e IgM. O grupo de Resposta Curta (RC) foi associado a COVID-19 moderada e grave e a um SNP (rs2228145) no IL6R relacionado com baixa expressão gênica, o que pode explicar a perda precoce de níveis detectáveis de IgG anti-SARS-CoV-2. Além disso, no grupo RC não foram observadas correlações de Spearman estatisticamente significativas entre os níveis plasmáticos de IL-17A com as citocinas reguladoras Th17 IFNℽ (rs = 0.2399; p = 0.1043), IL-4 (rs = 0.0273; p = 0.8554) e IL-2 (rs = 0.2204; p=0.1365), enquanto no grupo de Resposta Longa (RL) foram observadas correlações de Spearman mais fracas, mas estatisticamente significativas, entre os níveis plasmáticos de IL-17A com IFNℽ (rs=0,3873; p=0,0016), IL-4 (rs=0,2671; p=0,0328) e IL-2 (rs=0,3959; p=0,0012). Portanto, os resultados deste estudo sugerem um papel da resposta Th17 mediada pela via da IL-6 na resposta prolongada de IgG à infeção por SARS-CoV-2. Por outro lado, não foi observada qualquer relação entre a produção de anticorpos totais e o tempo de duração da resposta de IgG anti-SARS-CoV-2, sugerindo que não há interferência entre eles. Todos os dados encontrados nesta pesquisa abrem novas possibilidades de análises, ainda que o cenário epidemiológico esteja diferente do período de coleta das amostras, mas estes novos achados podem direcionar novos estudos com dados já obtidos anteriormente. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1258568 - ANTONIO CARLOS ROSARIO VALLINOTO
Presidente - 1152934 - EDUARDO JOSE MELO DOS SANTOS
Externo ao Programa - 2358078 - FERNANDA ANDREZA DE PINHO LOTT FIGUEIREDO
Interno - 1751742 - GREICE DE LEMOS CARDOSO COSTA
Externo à Instituição - IGOR BRASIL COSTA
Notícia cadastrada em: 14/06/2024 09:35
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