TAXONOMIA INTEGRATIVA DE MONOPISTHOCOTYLA (PHATYHELMINTHES) PARASITOS DE HEPTAPTERIDAE (SILURIFORMES) DO RIO GUAMÁ EM OURÉM, PARÁ, BRASIL.
Amazônia, Monopisthocotyla, Heptapteridae, Siluriformes.
Os bagres da ordem Siluriformes representam o grupo de maior diversidade entres os peixes de águas continentais da América do Sul, compreendendo cerca de 37% da diversidade. Esta ordem possui um grande valor econômico, representando metade da produção pesqueira em diversos portos da região Amazônica. Além disso, possuem espécies apreciadas na aquicultura, como o Jundiá Rhamdia quelen e o Sorubim Pseudoplatystoma spp, e no aquarismo, com representantes em diversas famílias. Entre as 39 famílias de Siluriformes a família Heptapteridae, composta por bagres endêmicos da região neotropical, possui cerca de 237 espécies. Estes peixes geralmente são parasitados por grupos diversos como: Branchiura, Cestoda, Copepoda, Hirudinea, Monopisthocotyla, Myxozoa, Nematoda e Trematoda. Entre os grupos da fauna helmíntica que parasitam peixes na América do Sul, a classe Monopisthocotyla é a mais diversa em riqueza de espécies, onde 64% das associações entre parasita e hospedeiro para esta classe são reportadas em ambientes de água doce. Estima-se que apenas 3% das espécies de Monopistochotyla da região amazônica são conhecidas, contudo, apesar de mais estudos terem sido conduzidos nos últimos anos, ainda não se tem informações sobre a diversidade de monopistocotílídeos que parasitam heptapterídeos de águas continentais na Amazônia oriental. Dessa forma, este trabalho procura reconhecer a diversidade destes helmintos parasitando Heptapterídeos oriundos da bacia do rio Guamá no nordeste paraense, através de uma abordagem integrativa com estudos morfológicos e moleculares, a fim de contribuir para a compreensão da diversidade deste componente parasitológico na Amazônia brasileira.