ESTRUTURAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS À SEDOANALGESIA EM UM HOSPITAL DE DE ALTA COMPLEXIDADE EM BELÉM-PA.
Sedoanálgésicos, síndrome de abstinência e pediatria
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é um setor hospitalar destinado á pacientes em estado crítico, principalmente quando se trata de pacientes pediátricos. Entre os fármacos críticos em UTI, estão os sedativos e analgésicos. Com o intuito de minimizar possíveis eventos indesejáveis na terapêutica, surge a necessidade de acompanhamento clínico de pacientes, especialmente do grupo pediátrico. Objetivo: Elaborar um instrumento para acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes submetidos à sedoanalgesia em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital materno-infantil. Método: Os dados serão coletados de forma retrospectiva e prospectiva a partir dos prontuários eletrônico e físico, de pacientes com idade de 0 a 14 anos, admitidos na unidade de terapia intensiva pediátrica no período do estudo, e que estiveram em uso de sedoanalgésicos. Resultados Parciais: Foram estudadas 138 prescrições no recorte de 60 dias envolvendo 38 crianças. Em relação aos dados epidemiológicos foram identificados o seguinte perfil dos pacientes: Idade média 3 anos, sexo predominante masculino, 49,2% com baixo peso, em relação as classes farmacológicas mais prescritas foram antimicrobianos, sedoanalgésicos, antitérmicos e inibidores da bomba de prótons. Em meio as coletas foram observados que 32,7% dos pacientes apresentaram Síndrome de Abstinência (SA) e com relação ao tempo de internação a média encontrada foi de 18,5 dias, foi analisado ainda a presença de antídotos em cerca de 25% dos prontuários analisados e das análises realizadas foram encontrados 42,5% fora do preconizado pelo Pediatrics e Pediatric & Neonatal Dosage Handbook . Resultados esperados: A partir dos dados será desenvolvido um instrumento para acompanhamento dos pacientes, visando prevenir a ocorrência de eventos adversos relacionados ao uso de sedoanalgésicos. Espera-se ainda conhecer o perfil socioepidemiológico dos pacientes da referida unidade, bem como a incidências de eventos adversos relacionados ao emprego de sedoanalgesia.Aplicações esperadas: Acompanhamento farmacotêrapêutico da UTIP que estejam sob sedoanalgesia. Produtos esperados: Instrumento de acompanhamento farmacoterapêutico. Potências avanços: acompanhamento desses pacientes e uma ferramenta que facilite o monitoramento e prevenção de agravos em uma população suscetível de modo a ajustar as doses, contribuindo desta forma para a segurança do paciente internado em UTIP, aprimorando a utilização desses fármacos de forma ajustada a cada necessidade favorecendo a diminuição de desperdícios e consequentemente na redução no tempo de internação e a inclusão deste instrumento rotina de serviço tende a fortalecer a atuação do clínico farmacêutico hospitalar.