IMPLANTAÇÃO DO CUIDADO FARMACÊUTICO AOS PACIENTES PORTADORES DE HIV/AIDS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA DO MUNICÍPIO DE MARABÁ, ESTADO DO PARÁ.
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Com os avanços na tecnologia e sanção de legislações dos antirretrovirais, a infecção pelo HIV tornou-se uma doença crônica e controlável. Entretanto, o sucesso terapêutico requer níveis elevados de adesão ao tratamento, necessários para que ocorra a supressão da replicação viral e melhora imunológica e de outros desfechos clínicos; para a redução do risco de desenvolver resistência aos TARV; e para reduzir o risco de transmissão do vírus HIV, o que ainda é um grande desafio a ser vencido. Neste sentido, a implantação do cuidado farmacêutico (CF) pode contribuir como forma de obtenção de melhores desfechos clínicos e de diminuir os custos em saúde, avaliando multidisciplinarmente a farmacoterapia, visando minimizar o desenvolvimento de
resistência e diminuindo o número de pacientes HIV-positivo. Objetivo: Implantar o cuidado farmacêutico aos pacientes portadores de HIV/AIDS no município de Marabá/PA e avaliar o impacto das intervenções farmacêuticas na evolução clínica e adesão do tratamento antirretroviral. Metodologia: Trata-se de um estudo de intervenção do tipo pesquisa-ação, retrospectivo observacional na análise de prontuários para o levantamento de dados, antes da aplicação do cuidado farmacêutico e prospectivo com análise qualitativa e quantitativa, visando identificar a eficácia das intervenções farmacêuticas para a adesão e melhoria de saúde e qualidade de vida dos pacientes portadores HIV/Aids, no município de Marabá/PA. Resultados: No estudo retrospectivo realizado, identificou-se que dos 2.486 pacientes ativos no Centro de Testagem e Aconselhamento do Serviço de Atendimento Especializado de Marabá/PA (CTA/SAE MAB) 92% são maiores de 18 anos, desses, 58% são homens e 42% mulheres. Quanto aos indicadores farmacoterapêuticos, o esquema mais frequente e mais prescrito foi Dolutegavir com Tenofovir + Lamivudina. Na parte prospectiva, foram acompanhados 20 pacientes, incluídos no plano de cuidado farmacêutico, avaliados antes e depois das intervenções farmacoterapêuticas. A evolução foi avaliada pelo escore de conhecimento ao tratamento e grau de adesão, obtendo resultados de aumento de 80% do escore de conhecimento e de alto grau de adesão ao tratamento. Conclusão: A implantação do Cuidado Farmacêutico desde o início do tratamento contribui positivamente com o estímulo do autocuidado, melhorando o conhecimento sobre a doença, melhorando a aceitação da doença, os parâmetros laboratoriais e a adesão ao tratamento