IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ÊMESE PARA PACIENTES PEDIÁTRICOS ONCOLÓGICOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO PARÁ.
Náuseas, Êmese, Oncologia, Pediatria, Assistência farmacêutica
A quimioterapia é a modalidade terapêutica mais utilizada no tratamento do câncer, tendo as náuseas e êmese como os sintomas prevalentes e responsáveis por perdas na qualidade de vida e na adesão ao tratamento. Visando prevenir, controlar e tratar a ocorrência de tais sintomas, através da assistência farmacêutica, a padronização e implantação de um protocolo antiemético, foi o objetivo deste trabalho, melhorando o processo de avaliação farmacêutica das prescrições e o consumo/gestão dos medicamentos utilizados para o controle destes sintomas. O estudo foi desenvolvido no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo – HOIOL, pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS) e referência no tratamento do câncer infantojuvenil na Região Norte, localizado em Belém do Pará. Foram coletadas 110 prescrições de quimioterapias de Janeiro a Junho de 2020, referentes ao período de Junho de 2018 a Junho de 2020, verificando a adequação dos medicamentos antieméticos prescritos correspondentes ao grau emetogênico dos quimioterápicos, caracterizando como um estudo qualitativo, exploratório retrospectivo e prospectivo. Durante a avaliação farmacêutica da prescrição, última barreira antes do paciente, observou-se 104 prescrições com terapia inadequada ou sem nenhum medicamento antiemético, mostrando a necessidade/importância de um protocolo adequado para esses pacientes. Fundamentado nas recomendações internacionais e na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME 2020, que abrange a padronização do SUS, se obtém um protocolo adaptado, indicando um antagonista de 5-HT3 (Granisetrona ou Ondansetrona) e Dexametasona para medicamentos com potencial emetogênico alto ou moderado ou apenas um antagonista de 5-HT3, se o uso da Dexametasona não for permitido ou se os medicamentos foram de baixo potencial emetogênico