SEGURANÇA NO USO DE MEDICAMENTOS: IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE MELHORIAEMUMHOSPITAL EM BELÉM, PARÁ, AMAZÔNIA
Hospital; Intervenções farmacêuticas; Medicamentos; Gestão de risco; Segurança do paciente.
Introdução: Os serviços de saúde, em especial as instituições hospitalares, são sistemas complexos que envolvem diversos riscos, que podem ser exemplificados pela terapêutica medicamentosa. A investigação e o conhecimento dos fatores determinantes da ocorrência dos erros de medicação permitem ações que fortaleçam a segurança na cadeia medicamentosa e do paciente. O Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos publicado pelo Ministério da Saúde propõe identificar a natureza dos erros de medicação e seus determinantes como forma de dirigir ações para a prevenção, com foco na melhoria do processo e emprego de ferramentas, diminuir a variabilidade e melhorar a qualidade da assistência farmacêutica. Objetivo: Implantar ações de segurança do paciente a partir do processo de prescrição, uso e administração de medicamentos no Hospital Maradei, em Belém, Pará, Amazônia. Metodologia: Trata-se e uma pesquisa qualitativa na modalidade pesquisa-ação, desenvolvido no Hospital Maradei, uma entidade filantrópica, localizada na cidade de Belém/Pá. Para o diagnóstico situacional realizou-se uma avaliação do nível de entendimento dos colaboradores sobre as etapas onde perpassa o medicamento dentro da instituição, optou-se por incluir colaboradores da enfermagem e farmácia, em virtude de estarem diretamente relacionados aos processos de dispensação e administração de medicamentos. A amostra estimada foi de 94 profissionais (enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos e auxiliares de farmácia). A coleta de dados ocorreu no período de Dezembro a Janeiro de 2022 por meio de formulário online utilizando o Google Forms®, contendo perguntas abertas e fechadas, o link da pesquisa foi compartilhado em grupo dos colaboradores no aplicativo WhatsApp®. Para análise dos dados empregou-se a estatística descritiva. Resultados parciais: Apenas 43 profissionais de saúde (45,74%) da população estimada foram participantes da pesquisa, onde 11 (25,58%) foram de enfermeiros, 16 (37,21%) técnicos de enfermagem, 5 (11,63%) farmacêuticos e 11 (25,58%) de auxiliares de farmácia, no sexo a distribuição foi de masculino 17(39,53%) e feminino 26 (30,67%), não houve diferença significativa nestas duas variáveis (P>0,05). Com relação ao tempo de serviço na área de atuação foi menor que 5 anos 24 (55,81%) e o tempo de atuação na instituição foi menor que 5 anos 37 (86,05%), 29 (67,44%) afirmam que participam de atualização sobre segurança do paciente no último ano e 29 (67,44%) afirmam conhecimento prévio sobre segurança do paciente antes de trabalhar na instituição atual, 35 (81,40%) concordam que recebem treinamento quanto a segurança do paciente, todas as variáveis supramencionadas apresentaram diferença significativa (p>0,05). A interpretação dos dados nesta fase permitiu fazer um diagnóstico situacional inicial, capaz de nortear o planejamento e a condução das discussões a serem realizadas. Aplicações esperadas: Redução de potenciais riscos e incidentes relacionados ao processo de prescrição, administração e o uso de medicamentos em ambiente hospitalar. Produtos esperados: Artigo sobre as evidências científicas quanto as intervenções farmacêuticas aplicadas a prescrição, uso e administração de medicamentos como fator contribuinte para a segurança do paciente em ambiente hospitalar, protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, protocolo de medicamentos de alta vigilância e Workshop de Práticas Seguras para a equipe multidisciplinar. Avanços esperados: Uma gestão do Serviço de Farmácia Hospitalar segura eficiente.