FITOTERAPIA TRADICIONAL POR MEIO DO USO DA PLANTA “INSULINA” (CISSUS VERTICILLATA), NO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS, EM UMA COMUNIDADE COSTEIRA DO NORDESTE DO PARÁ (AMAZÔNIA, BRASIL)
Fitoterapia Tradicional. Diabetes Mellitus. Comunidade Costeira. Amazônia
A Bacia do Rio Caeté, localizada no Norte do Brasil, pertencente à região da Amazônia Brasileira, Nordeste do Estado do Pará, apresenta um grande número de espécies vegetais com variadas propriedades medicinais, sendo muito utilizadas pelos moradores das comunidades tradicionais da região, em destaque neste caso, para os povos ribeirinhos/costeiros que ali vivem. Apesar disso, muitas destas plantas ainda não foram identificadas ou tiveram registrados os seus usos medicinais de formas tradicionais. O presente trabalho objetiva caracterizar os usos terapêuticos/medicinais da etnoespécie da planta Cissus verticillata, conhecida popularmente como “Insulina”, no tratamento do Diabetes Mellitus, na Comunidade ribeirinha/costeira de Ponta de Urumajó NE do Pará, verificando ainda, através dos achados na literatura, quais são os princípios ativos desta planta, que influenciam na sua eficácia no tratamento desta doença. A pesquisa possui abordagem metodológica qualitativa, realizada por meio da pesquisa de campo, utilizando-se como instrumentos de coleta de dados, a aplicação de free listing, entrevistas com informantes-chaves, aplicação de formulários, coleta de amostras vegetais, observação, gravação de áudio/vídeo e fotografias. Resultados preliminares apontam que a comunidade da Ponta do Urumajó demonstra grande arcabouço de saberes sobre plantas medicinais, utilizando-as das mais diversas formas, além é claro, de conhecer, com muita propriedade, as práticas empregadas para o uso das plantas medicinais, que são utilizadas para o cuidado em saúde, que neste caso é a Cissus verticillata, que é utilizada para o tratamento do Diabetes Mellitus. A comunidade tem empregado o uso da “Insulina” amplamente, desconhecendo porém, se esta planta apresenta algum efeito tóxico e ou perigos de reações adversas. Nesse intuito, a conclusão deste trabalho tenderá a contribuir com o reconhecimento e valorização dos saberes e práticas locais de povos tradicionais ribeirinhos/costeiros da Amazônia brasileira, em relação ao uso de plantas medicinais, bem como buscará uma maior integração entre os conhecimentos científicos e os tradicionais para a consolidação de práticas de conservação da espécie, bem como o seu uso medicinal de forma segura, dando qualidade de vida aos pacientes diabéticos.