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Banca de DEFESA: ROSILENE ILMA RIBEIRO DE FREITAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROSILENE ILMA RIBEIRO DE FREITAS
DATA: 14/05/2019
HORA: 16:00
LOCAL: Auditório Paulo Mendes - ICB (UFPA - Campus Belém)
TÍTULO:

ANEMIA FERROPRIVA EM CRIANÇAS DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS NA ILHA DO COMBU, PARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Anemia ferropriva, criança ribeirinha, alimentação da criança ribeirinha.


PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O presente estudo almejou caracterizar a população infantil ribeirinha da Ilha do
Combu, de Zero (0) a 12 anos de idade, quanto à ocorrência de anemia ferropriva,
identificando a prevalência e a possível interferência dos hábitos alimentares das
crianças nesta condição clínica. O estudo se desenvolveu em três etapas e foi

caracterizado como qualitativo e quantitativo de natureza descritiva epidemiológica,
realizado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Ilha do Combu com as
comunidades igarapé Combu e igarapé Piriquitaquara no período de outubro de 2018 a
fevereiro de 2019 e incluiu 153 crianças. Os critérios investigativos foram avaliados por
três medidas antropométricas (peso/idade/estatura) utilizando-se a referência
antropométrica do WHO/MS. O diagnóstico da anemia foi realizado em duas etapas: 1)
coleta de hemoglobina de polpa digital, 2) por meio da determinação da concentração de
hemoglobina e da concentração de ferro sérico e ferritina sérica. Foram consideradas
crianças anêmicas aquelas que apresentaram concentração de hemoglobina conforme o
consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde, RN*até 15dias
(17.0 μg/L), 16 dias a 11 meses (9,5. a 14.1 μg/L); 1 a 2 anos (8.9 a 13.5μg/L); 3 a 9
anos (10 a 14.8μg/L); 10 a 12 anos (11.1 a 15.7 μg/L). Informações sobre anemia na
gravidez da mãe, suplementação de ferro oral, uso de remédio caseiro para anemia, uso
de medicamentos contendo ferro e práticas alimentares, também foram estudadas. A
amostra abrangeu a faixa etária de 19 dias a 12 anos de idade, sendo que 4% dos
lactentes tinham menos de 12 meses. A prevalência de anemia ferropriva encontrada
neste estudo foi de 10%, sendo que a classificação da gravidade dos anêmicos ficou
entre leve (Hb=9,5g/dl) e moderada (Hb=7,2g/dl), e nenhum caso de anemia grave (Hb
< 7g/dl) nem muito grave (Hb <4g/dl). Ressalta-se que 44% das crianças avaliadas
recebiam suplementação com sais de ferro no momento da pesquisa. Referente aos
alimentos consumidos no café da manhã constatou-se que todos os grupos etários, com
a predominância do grupo de 5 a 6 anos, consomem café/pão/leite, ou seja, com baixa
biodisponibilidade em ferro. Quanto ao almoço e jantar, constatou-se que o alimento
mais consumido, por 98% das crianças, é a bebida açaí, consumida como alimento
principal no almoço e jantar, e em forma de mingau no café. Há grande controvérsia na
literatura quanto à biodisponibilidade de ferro havendo diferença de 8,1 mg/100g. Por
fim, crianças que consomem ferro animal (ferro heme) no almoço (93%) e no jantar
(74%), acompanhados de ferro vegetal (ferro não heme), no almoço (95%) e jantar
(92%) ambos fundamentais para a formação do indivíduo, pois o ferro faz parte do
transporte de oxigênio, produção de energia, metabolismo de substâncias externas,
síntese imune, formação do sangue. O ferro vegetal necessita de acompanhamento de
vitamina C (ácido ascórbico) para ser transportado para dentro da célula, porém, ambos
são fundamentais para o equilíbrio orgânico. Conclui-se então, que no presente estudo a
prevalência de anemia ferropriva foi relativamente menor comparada àquelas
encontradas nas demais regiões do país, provavelmente pelo fato das crianças terem
acesso ao protocolo do Ministério da saúde com suplementação de ferro e adaptação
orgânica ao hábito alimentar.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1041052 - EUZEBIO DE OLIVEIRA
Interno - 2153297 - MIRLEIDE CHAAR BAHIA
Notícia cadastrada em: 08/05/2019 09:20
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