DO CAROÇO AO FRUTO: A atuação das mulheres no extrativismo de açaí na Ilha do Maracujá, Acará (PA)
Mulheres. comunidades tradicionais, extrativismo de açaí, espaço periurbano, etnografia, Amazônia.
Maneja a área. Prepara a peconha. Escala a palmeira. Extrai. Debulha e limpa o açaí. Essas são algumas das etapas da cadeia extrativista de açaí na Amazônia. Compreender a Amazônia como um espaço dinâmico e de constantes transformações, nos permite enxergar a mulher amazônida e extrativista como protagonistas da sua própria história, que buscam o seu fortalecimento, reconhecimento como trabalhadoras.
O lócus da pesquisa é a Ilha do Maracujá, que fica localizada no Acará, no nordeste paraense. A Ilha do Maracujá faz parte do ambiente de várzea do estuário amazônico e por conta da sua localização territorial, está, também, se identifica como um espaço periurbano. Compreendemos as áreas periurbanas como áreas que se encontram numa posição de transição entre espaços estritamente rurais e áreas urbanas.
A ilha do maracujá é um território rural, sua ocupação é ribeirinha e na economia predominam práticas extrativistas como a coleta de cacau e açaí. Os produtos são vendidos em feiras e portos de Belém, e também utilizados para consumo das próprias famílias. É nesse cenário que o estudo buscar compreender a atuação das mulheres no extrativismo de açaí na Ilha do Maracujá, no Município de Acará, Pará. Para atingir esse propósito, empregarei uma abordagem interdisciplinar que combina técnicas das ciências sociais, como a etnografia e a observação participante. Para realizar a pesquisa também visitei a Ilha do Maracujá e o Porto do Açaí. Além disso, como Assistente Social, contribuirei com conhecimentos adquiridos em minha formação para enriquecer esta pesquisa, além do embasamento teórico-científico. O trabalho apresentará alguns resultados preliminares dos dados coletados com os interlocutores da presente pesquisa.