RASPADEIRAS DE MANDIOCA: A MULHER NA PRODUÇÃO DA FARINHA DE MANDIOCA, NA VILA DE SÃO JORGE/IGARAPÉ-AÇÚ/ PA.
Mulher, produção tradicional, Raspadeira de mandioca
O presente trabalho é resultante da investigação sobre as mulheres na produção tradicional da farinha, com ênfase na raspagem da mandioca, atividade efetivada prioritariamente por pessoas do sexo feminino. O quantitativo de mulheres que vivenciam essa experienciadespertou o interesse por investigar essa realidade. O estudo adveio na Vila de São Jorge,município de Igarapé-açú, nordeste paraense. A produção dos dados foi feita através dos
respectivos instrumentos: entrevistas semiestruturadas sobre as histórias de vida; visitas aos espaços de produção. Foram entrevistadas 6 (seis) mulheres, com faixa etária entre 21 a 60 anos, a escolha das mesmas obedeceu aos seguintes critérios: ser mulher raspadeira de mandioca, ter essa atividade como principal fonte de renda. A investigação foi movida pelo seguinte questionamento: Por que não se atribui a devida importância e a clara relevância ao papel das mulheres raspadeiras de mandioca no exercício de sua profissão? Para tal temos como objetivo geral: investigar o trabalho das mulheres raspadeiras de mandioca na Vila de São Jorge, Igarapé-Açu – Pará, identificando o perfil das mesmas; as condições de trabalho; as implicações e inferências do trabalho dessas sujeitas na comunidade. Este estudo de abordagem qualitativa (MINAYO, 2001), dialoga com conceitos e autores como: Decolonialidade, (MIGNOLO 2017), Mulher (BEAUVOIR, 1967), Antropia (FERNANDES & RAMOS, 2020). A investigação em andamento, possui relevância no sentido de possibilitar o debate acadêmico sobre saberes e fazeres tradicionais, elucidando as relações estabelecidas no espaço de produção e o protagonismo e visibilidade de mulheres no oficio de raspadeira de mandioca.