A EXPERIÊNCIA DA SOLIDÃO A PARTIR DO OLHAR DE PESSOAS IDOSAS DO PROGRAMA GRUPO DE EDUCAÇÃO NA TERCEIRA IDADE (GETI)
Solidão. Pessoa idosa. Relações sociais. Envelhecimento.
Com base nos elementos que contribuem para a ocorrência do fenômeno solidão na
pessoa idosa, esta pesquisa propõe uma reflexão acerca da experiência da solidão
a partir do olhar de pessoas idosas do Programa Grupo de Educação na Terceira
Idade (GETI). A pesquisa foi realizada no município de Castanhal, nordeste do Pará,
com pessoas idosas do Programa GETI (Grupo de Educação na Terceira Idade),
UFPA, Campus de Castanhal. Os dados foram produzidos entre novembro de 2020
e maio de 2021, totalizando 6 (seis) sujeitos entrevistados, sendo 1 (um) homem e 5
(cinco) mulheres acima de 60 anos de idade. O estudo tem como objetivo geral
investigar, fundamentados nas várias dimensões de solidão, os elementos
sócio/pessoais que causam a experiência de solidão entre pessoas idosas do
Programa Grupo de Educação na Terceira Idade (GETI), e como objetivos
específicos nos propomos a refletir a experiência de solidão de pessoas idosas do
Programa Grupo de Educação na Terceira Idade (GETI)/UFPA e; analisar as
implicações da experiência da solidão vivenciada por pessoas idosas do Programa
Grupo de Educação na Terceira Idade (GETI)/UFPA. Para atingir tais objetivos
realizamos um estudo de abordagem qualitativa e a produção de dados foi realizada
a partir da aplicação de um roteiro de entrevista previamente estruturado, cujas
questões se direcionaram para as seguintes categorias: experiência de vida familiar,
rede de relações sociais e sentimento de solidão. Para a análise dos dados
produzidos utilizamos o método de análise de conteúdo, considerando que essa
técnica de análise permite ao pesquisador observar as diversas formas de
comunicação que o entrevistado emite no ato da entrevista. A investigação nos
revelou que, em virtude do cenário mundial atual de pandemia ocasionada pela
SARS-CoV-2, o fenômeno da solidão se faz mais presente e tem se apresentado em
sua versão mais nociva na vida da pessoa idosa. Fatores como o distanciamento social, as perdas de entes queridos e familiares, além da ansiedade, têm causado impactos prejudiciais no cotidiano dessas pessoas. A relevância deste trabalho se evidencia pela possibilidade de refletir sobre as dimensões do fenômeno solidão na vida da pessoa idosa, bem como sobre a importância das relações afetivo-sociais na rotina desse público, como forma de prestar-lhes apoio junto às mudanças requeridas pelo envelhecimento e, consequentemente, auxiliar na vivência de melhor qualidade de vida na velhice.