A (IN)VISIBILIDADE DAS MULHERES QUILOMBOLAS DA COMUNIDADE DE MACAPAZINHO E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE CASTANHAL-PA.
mulheres quilombolas, políticas públicas, identidade.
Necessariamente, quando falamos em (in)visibilidade da mulher quilombola da Comunidade Quilombola Macapazinho, Castanhal (PA), nos remetemos a um contexto de fragilidades das políticas públicas e os fatores históricos que contribuem para essa situação, sem esquecer dos vários processos de violência e violação dos direitos dessas mulheres. Esta dissertação trará reflexões sobre as marcações que as mulheres quilombolas carregam, seja na questão de ser mulher, de ser negra, de ser quilombola, de ser pobre, que as colocam nesse patamar de invisibilidade, onde o racismo institucional, estrutural e cultural é evidente. A pesquisa é de caráter exploratório, com uma metodologia quali-quantitativa, pois no início mostrará consultas de autores que discutem questões relacionadas a mulher quilombola e as políticas públicas, considerando a base cadastral do governo
federal, Cadastro Único, parte que nos mostrará dados e informações sobre o quadro de vulnerabilidade que essas mulheres se encontram. Os desafios nesta pesquisa, são muitos, visto que a temática voltada às mulheres quilombolas da Comunidade de Macapazinho, nos exige analises bibliográficas e os materiais de pesquisas, nessa linha, são escassos, além dessa dificuldade inicial, não podemos esquecer que falar sobre povos tradicionais requer mergulhar numa análise antropológica e intersetorial sobre a identidade cultural desse povo, o que requer uma vasta leitura em áreas diferentes. Os resultados iniciais obtidos pela pesquisa apontam que a maioria das mulheres quilombolas, dessa Comunidade Quilombola, estão em situação de vulnerabilidade social, relacionado a renda, o que requer do poder público medidas de efetivação de serviços e programas que atendamas especificidades dessas mulheres e a criação de mecanismos de enfrentamento ao racismo institucional, evidenciado pelos dados apresentados, para que seus direitos sejam respeitados e efetivados. As Políticas Públicas implementadas na Comunidade, são importantes para atender algumas necessidades imediatas das mulheres quilombolas, mas a pesquisa sinaliza que é necessário que haja mais interação, consulta e compartilhamento com as questões ligadas a identidade e ancestralidade dessa quilombolas.