PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E ITINERÁRIOS FORMATIVOS NO PROEJA
Pedagogia da Alternância; Itinerários formativos; Formação Técnica; Antropização;
A Pedagogia da Alternância emerge como proposta educacional diferenciada e garantida pela legislação que perpassa o PROEJA, podendo trilhar e engajar a vida e formação de alunos do campo. Assim, a pesquisa objetiva compreender de que forma os itinerários formativos dos tempos e espaços do PROEJA se articulam a partir da Pedagogia da Alternância no IFPA campus Castanhal. Com uma abordagem qualitativa e características descritivas e exploratórias. Utilizou-se procedimentos de conversas informais, registros audiovisuais, caderno de campo e entrevistas para a constituição de dados a dez alunos alternantes do PROEJA/IFPA campus Castanhal. Os resultados apontam que os itinerários formativos se associam aos saberes experienciais dos alunos, a partir de temas geradores de interesse comum, articulando-se às suas necessidades de educação básica e profissional, com engajamento e participação crítica. As dificuldades dos alunos se relacionam à escassez de recursos financeiros para a logística dos tempos escolares, evidenciando a falta de políticas que viabilizem condições econômicas e de apoio à residência do tempo-escola, e ainda quanto ao tempo comunidade um melhor acompanhamento e apoio dos professores. Conclui-se que os itinerários formativos de alunos alternantes do PROEJA/IFPA se configuram em uma possibilidade de formação profissional no setor agropecuário, em que se permite o diálogo entre os diferentes tempos e espaços , porém necessitando maior integração prática entre as metodologias pedagógicas nos itinerários, a partir do que é planejado pelos formadores e vivenciadas pelos alunos do curso, sobretudo, na intervenção da realidade do tempo comunidade, valorizando e possibilitando o alcance de ações antrópicas que transponham o tecnicismo. Ressalta-se que a Pedagogia da Alternância vivenciada pelos alunos, permite diálogo, ações humanizadas com possibilidades de permanência e sobrevivência no campo, contribuindo assim com a formação de sujeitos críticos, empreendedores e protagonistas.