Banca de QUALIFICAÇÃO: MAYRA ADRIANA DA COSTA CAVALCANTE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYRA ADRIANA DA COSTA CAVALCANTE
DATA: 31/10/2018
HORA: 14:00
LOCAL: CEMEC
TÍTULO:

ANDARA O ÉDEN AMAZÔNICO: O ADVENTO DE UMA LITERATURA FANTASMA EM VIAGEM A ANDARA, O LIVRO INVISÍVEL “A ASA E A SERPENTE” DE VICENTE FRANZ CECIM

PALAVRAS-CHAVES:

Amazônia. Andara. Insólito. Literatura. Alteridade. Maravilhoso.

PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Esta dissertação de mestrado objetiva analisar a região mítica Andara, cidade imaginária criada pelo escritor paraense Vicente Franz Cecim em sua obra Viagem a Andara, o livro invisível – A asa e a serpente (1988) e o advento de uma literatura fantasma, feérica e rarefeita de neblinas, onde os eventos insólitos se fazem fortemente presentes. A literatura de Vicente Franz Cecim é marcada pela presença da natureza e nela vemos a Amazônia transfigurada na região metafísica de Andara, uma espécie de Éden amazônico povoado de alegorias. Em 1979, com A asa e a serpente, Vicente Cecim deu início a sua obra Viagem a Andara: O livro invisível, onde o natural e sobrenatural convivem de maneira harmoniosa e em mútua epifania e a Amazônia surge ressignificada em forma de criação poética. Ao longo dos sete primeiros livros do ciclo de Andara, Vicente Cecim prosseguiu em uma escritura pós-moderna, de absoluta hibridês e liberdade, abolindo as fronteiras entre a prosa e a poesia. Para contextualização da pesquisa, faremos uma análise de viés antropológico e literário acerca do mito e suas representações desde as sociedades arcaicas até a contemporaneidade, ressaltando Ovídio (1983) Mircea Eliade (2006), Bruce Albert (1985) e E.Cassirer (1998). Abordaremos as concepções de Literatura, Alteridade e Maravilhoso em Victor Bravo (1987), Irlemar Chiampi (1980), Iréne Bessière (1974) e Alejo Carpentier (1949) e para entrarmos no universo insólito de Andara, recorreremos aos conceitos do professor Flávio García (2012) em Vertentes teóricas e ficcionais do insólito e Tzvetan Todorov em Introdução a Literatura Fantástica (2010), pois segundo o autor a função do fantástico é subtrair o texto à ação da lei e assim transgredi-la. Pretende-se que os resultados desta pesquisa possam subsidiar os estudos interdisciplinares e literários no campo das narrativas do insólito, evidenciando a literatura Amazônica e compreendendo essa ponte entre o real e o fabuloso.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2183638 - JOAO BATISTA SANTIAGO RAMOS
Externo ao Programa - 2190652 - LUIS HELENO MONTORIL DEL CASTILO
Interno - 2306500 - SYLVIA MARIA TRUSEN