POTENCIAL HIPOGLICEMIANTE DE Bauhinia variegata L. “pata de vaca” E Achyrocline satureioides “macela” NA AGROVILA QUILOMBOLA DE MACAPAZINHO, PA
Bauhinia variegata L.; Achyrocline satureioides (Lam) D. C; Diabetes mellitus.
Este estudo objetiva analisar o uso de Bauhinia variegata e Achyrocline satureioides que são plantas medicinais com potencial fitoterápico, no tratamento da Diabetes melitus utilizadas numa Agrovila do município de Castanhal, nordeste paraense. A pesquisa foi realizada numa abordagem metodológica qualitativa descritiva, através da pesquisa de campo, utilizando-se como técnicas de coleta de dados o Respondent Driven Sampling (RDS), a entrevista, a coleta de amostras vegetais e o levantamento científico sobre distribuição geográfica, conteúdo químico, eficácia, princípios ativos e toxicidade. Os resultados revelam que Bauhinia variegata L. (“pata de vaca”) é amplamente utilizada na Agrovila pesquisada principalmente para diabetes. O extrato das folhas de B. variegata L. possui atividade antidiabética tanto para o diabetes Tipo I quanto no Tipo II. O extrato das cascas e flores reduz o nível de glicose no sangue. Além disso, o extrato do caule foi relatado para atividade antitumoral e anti-úlcera. A relevância desta espécie vegetal deve-se à presença de compostos químicos, tais como: flavonóides e açucares redutores. A Achyrocline satureioides (Lam) D. C. (“macela”) é tradicionalmente usada como chá para tratar principalmente a Diabetes mellitus. Apresenta atividade antidiabética devido alto teor de princípios ativos: flavonoides, polifenóis, agliconas quercetina, luteolina e 3-O-metilquercetina. Os usos de B. variegata L. e A. satureioides (Lam) D. C na comunidade estão alicerçados nos conhecimentos repassados entre gerações ao longo de décadas. As indicações de usos encontradas na literatura científica corroboram com o potencial percebido em comunidade que utiliza B. variegata L. e A. satureioides (Lam) D. C como fitoterápicos. Isso afirma a importância desses vegetais medicinais no combate ao Diabetes mellitus, e aponta a necessidade de novas investigações que possam identificar e controlar possíveis fatores de variação no tratamento em uso coletivo. A aplicação sistemática de testes de precisão e exatidão poderá garantir a validação como medicamento fitoterápico num futuro breve como recomenda a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).