A INDEXAÇÃO PARA A ORGANIZAÇÃO DE ACERVOS PERMANENTES
Palavras-chave: Organização do Conhecimento. Indexação. Acervos Permanentes.
Os acervos permanentes constituem espaços de memória, possuem uma função social no espaço que ocupam, constituindo-se em fonte inesgotável para pesquisas, sejam elas acadêmicas e científicas ou não. A relevância da indexação no que tange a organização de arquivos permanentes é muito importante, pois é utilizada com uma ação de descrever, identificar e recuperar um determinado documento, com a intenção de se obter excelência na recuperação da informação. Muitos profissionais organizam os arquivos por critérios empíricos não arquivísticos, gerando problema de inconsistência entre a guarda e o acesso aos documentos armazenados, justamente porque os acervos não atendem as normas, premissas e fundamentos arquivísticos. O objetivo dessa pesquisa é diagnosticar os processos de indexação dos acervos permanentes em cinco órgãos públicos. De forma específica, pretende-se: contextualizar a literatura especializada sobre o quadro teórico e metodológico da Organização do Conhecimento, no que tange: a representação arquivística, as normas para a descrição arquivística e, a indexação em acervos permanentes; analisar como ocorre o processo de indexação em acervos permanentes em órgãos públicos. A metodologia foi constituída por um conjunto de procedimentos, incluindo etapas de pesquisa, aplicação de questionário, estruturado em forma de perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha, enviado por e-mail a 5 (cinco) profissionais/arquivistas, cujos sujeitos desse estudo são representantes dos acervos do Arquivo Central da Universidade Federal do Pará; do Arquivo Público do Estado do Pará; da Universidade Federal de Minas Gerais; da Universidade Federal da Bahia; da Universidade Federal do Paraná. Os resultados evidenciaram que os procedimentos de indexação que estão sendo utilizados nos arquivos permanentes das instituições pesquisadas são caracterizados pela carência de diretrizes pré-definidas para indexar; ausência de elaboração de um manual para indexar; pouco uso de Software para indexar e do campo para incluir termos; como também usam poucas as remissivas; o tempo de indexação não é avaliado; pouco uso de catálogos e/ou de base de dados; a quantidade de termos atribuídos não é mensurado; não contam com grau de especificidade; usa pouca a linguagem controlada; os profissionais/arquivistas não possuem conhecimento sobre os instrumentos de indexação e pouco contam com ajuda automática no processo dos acervos permanentes. Estes indicativos permitem concluir que: As instituições públicas investigadas não adotam os procedimentos de indexação, por serem delimitadas nesse processo, cuja causa mais evidente é a ausência de uma política voltada para esta atividade que, em última instância, resulta no pouco uso e na falta de conhecimento das ferramentas arquivísticas. Constatou-se também que essas mesmas instituições usam formas de representação da informação para sua busca e recuperação, tendo como parâmetro metodológico-teórico para auxiliar o arquivista duas pertinentes ferramentas: (a) os fundamentais da Ciência da Informação, e (b) a NOBRADE, alicerçada nas premissas das normas internacionais, para descrever os documentos nos acervos pesquisados.
Palavras-chave: Organização do Conhecimento. Indexação. Acervos Permanentes. Representação da Informação Arquivística.