AGROSSISTEMA DE PRODUÇÃO DO AÇAÍ, AGROEXTRATIVISMO E COMERCIALIZAÇÃO: O CASO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO RIO IPANEMA, ABAETETUBA (PA).
Comunidade Quilombola, Agrossistema do Açaí e Práticas Agrícolas.
O objeto desse estudo é o sistema de produção do Açaí agroextrativista da comunidade Quilombola do Rio Ipanema. A crescente demanda pela polpa do fruto do Açaizeiro, (Euterpe oleracea) tem aumentado o interesse dos agricultores familiares e das agroindústrias, pela exploração agroextrativista desse fruto. Vale ainda relembrar, que anteriormente o Açaí era coletado somente para alimentação, com valor puramente cultural, visto como um alimento que não poderia faltar à mesa dos ribeirinhos, quilombolas, e outros grupos. Atualmente este fruto apresenta-se como um produto de grande valor econômico para estas populações. E na busca por maiores produções, os agricultores do Ipanema começaram a desenvolver determinadas práticas agrícolas. Diante disso, o objetivo geral dessa pesquisa é estudar as contribuições das práticas agrícolas adotadas no sistema de produção agroextrativista do Açaí, para a vida dos comunitários Quilombolas do Rio Ipanema, Abaetetuba (PA), no sentido de contribuir com a melhoria de vida destes. Dentre os objetivos específicos estão enumerados da seguinte forma: Averiguar o sistema de produção do açaí agroextravista; Identificar as práticas agrícolas introduzidas no sistema agroextrativista do Açaí; Conhecer o processo de comercialização do Açaí na comunidade e por fim Identificar as contribuições das práticas agrícolas para os quilombolas do Rio Ipanema. Como aporte teórico foram utilizados os autores: Porto(2003), Mazoyer & Roudart (2009), Dufumier (1996), Wünsh (1995), Lamarche (1994), Nogueira e Homma (1998), Farias (2012) Grossmann (2004), Drummond (1996), Gusmão (2019), Freitas (2010), entre outros. No que se refere a metodologia utilizada na pesquisa, partiu-se da abordagem qualitativa, através da subjetividade dos sujeitos, utilizando a pesquisa exploratória descritiva. Fez-se uso da entrevista semiestruturada, realizada com doze sujeitos, subdivididos em quatro tipos, que envolvem: agricultores adultos/idosos, agricultores jovens, representantes da comunidade e mulheres agricultoras. A estes, aplicou-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que menciona do que se trata a pesquisa e pede autorização para a divulgação dos resultados. Os resultados esperados desse projeto, são que este, venha contribuir com a sociedade de forma geral, a partir dos achados: trazendo retorno para a academia, onde esta possa socializar o resultado com os demais pesquisadores e principalmente para os agricultores, que necessitam informações relevantes para a melhoria da sua própria sobrevivência.