A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA ATIVIDADE EXTRATIVISTA DO COCO BABAÇU: O CASO DA COMUNIDADE DE OLHO D’AGUA NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO TOCANTINS (TO)
Mulher; quebradeira de coco babaçu; extrativismo; autonomia
O extrativismo do coco babaçu no estado do Tocantins é fonte de renda e de subsistência da maioria das famílias que residem na microrregião do Bico do Papagaio. Assim este estudo buscou a história das mulheres quebradeiras de coco babaçu da comunidade de Olho D’água, no município de São Miguel do Tocantins – TO, no que se referem a representação social, relações de trabalho, gênero, construção de identidades, lutas agrarias, e movimentos de união e de auxilio como o Movimento Interestadual das Quebradeiras de coco babaçu (MIQCB). É interessante que a atividade extrativista está inserida no seio cultural da população das comunidades de forma muito natural, uma vez que essa atividade é executada pelas famílias de geração para geração, sendo uma atividade extrativista tradicional, assim este estudo busca analisar as ações da participação feminina nas atividades extrativistas e a significação que esses produtos trazem para a vida dessas mulheres na comunidade. O objetivo central dessa pesquisa é identificar a contribuição e a participação da Mulher na atividade econômica extrativista do coco babaçu, através do olhar dos sujeitos que vivem essa realidade, e analisar como essa atividade atinge a vida dessas mulheres em relação ao posicionamento social e econômico, além de buscar conhecer a importância que a atividade extrativista traz para sua autonomia como quebradeira de coco, na comunidade Olho D’água. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa e quantitativa e a coleta de dados de campo foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com perguntas abertas e fechadas, assim como aplicação de questionário, observações na comunidade, reuniões com o grupo de mulheres, caminhadas e conversas formais e informais. Espera-se como resultado da pesquisa que as mulheres extrativistas apontem a realidade delas independente de ser positiva ou negativa em relação as condições de trabalho, as relações de gênero, posicionamento social, econômico, participação e autonomia na sua comunidade, no entanto como essas mulheres possuem o MIQCB para lutar ao lado delas, entende-se que esses aspectos podem ser alcançados positivamente através do seu trabalho no extrativismo do coco babaçu.