POLÍTICAS PÚBLICAS: ASPECTOS SOCIAIS E EDUCACIONAIS DO NORDESTE PARAENSE, AMAZÔNIA ORIENTAL
Amazônia; Educação; Identidade Quilombola
Esta pesquisa vem abordar como a insuficiente presença do poder público no campo retrata o descaso para com seus cidadãos campesinos. Diante disso, aborda-se os retrocessos na educação do campo provocados pela ausência de políticas públicas em comunidades rurais do município de Tomé-Açu, mesorregião do nordeste paraense. Trata-se metodologicamente de pesquisas qualitativas realizadas em comunidades quilombolas e do campo. Como técnicas de coleta de dados utilizou-se grupo focal e observação participante. Entre os principais resultados encontrados estão a nucleação de escolas e ausência delas, estradas intrafegáveis no período chuvoso que dificultam o transporte escolar, inexistência de internet e recurso insuficiente do PDDE que fomente a identidade quilombola. Destaca-se os impedimentos dos docentes em perpetuar a identidade dos remanescentes quilombolas que almejam por um recurso diferenciado para estas escolas que apresentam maior vulnerabilidade econômica e cultural. Para os participantes da pesquisa o principal problema está atrelado a educação, quando os alunos têm dificuldades para continuar os estudos em seu território de pertencimento. Diante disso entende-se que seja necessário que o poder público atue efetivamente na aplicação de políticas públicas para o campo como garantias da permanência do camponês no campo. O dever do estado brasileiro no cumprimento do papel de financiador da educação pública e o não acompanhamento dos problemas e dificuldades enfrentados por estas e outras escolas pobres e do campo no Brasil, mostram a omissão em supervisionar e a insuficiência no fomento para a preservação da cultura afro-brasileira.