A PRODUÇÃO ESCOLAR DAS IDENTIDADES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Identidades. Educação infantil. Relações de gênero. Corpo. Abaetetuba
O objeto desta dissertação é a produção escolar das identidades de gênero na educação infantil, que foi por mim eleito pela necessidade de compreender quais os mecanismos, práticas e eventos são utilizados no processo de constituição das identidades de meninos e meninas nos primeiros anos escolares. O aporte teórico dialoga com autoras/es dos Estudos de Gênero, dentre elas: Scott (1995), Louro (1997, 2000, 2001) e Felipe (1995, 2007); autores/as que discutem Identidade e Representação, como: Silva (2000a), Hall (1997, 1999, 2016) e Woodward (2000); e autoras/es que debatem a Infância e a Educação Infantil: Ariès (2014), Oliveira (2010) e Bujes (2001, 2010). Em diálogo com o referencial teórico apresentado, utilizei como método a etnografia pós-moderna, cuja norma é a observação participante, as conversações, a escritura e a tradução das informações produzidas ao longo dos seis meses de pesquisa. Os objetivos foram reescritos a fim de abarcar as novas informações produzidas dando outros rumos à pesquisa; são eles: Identificar os significados de gênero da cidade e saber como são disseminados na Escola Maria Santos; Identificar os mecanismos pedagógico-culturais que constituem as identidades de gênero na educação infantil na Escola Maria Santos; Refletir as práticas de resistência infantil no processo de constituição de identidades na escola. Ao final, abordo as atuais circunstâncias da pesquisa, apontando para a escrita do próximo capítulo, sobre as práticas e discursos que constituem, de forma decisiva, as identidades de gênero na educação infantil.