A ESCOLA PUBLICA: Território de resistência e de manifestação das identidades juvenil.
Escola pública, Território, Identidade juvenil.
A presente Pesquisa centrou-se na análise da Escola pública como espaço onde a juventude resiste e apresenta suas identidades. O problema partiu da seguinte indagação: Quais os elementos, ou condições, existentes no interior da Escola Pública que incomodam e provocam reação na juventude? O objetivo geral trata de analisar a Escola Pública como território de resistência e de manifestação das identidades juvenis. Em relação à metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o método Qualitativo pela necessidade da utilização de referenciais bibliográfico que tratam do assunto, analise documental e o cruzamento com a escuta verbal, ocorrida através do Grupo focal, que apontaram que a escola, através de seu instrumentos mediadores educacionais tais como: Currículo Escolas, PPP (Projeto Político Pedagógico), ocorrências registradas, avisos, doutrinas e permissões, não contemplam os anseios e perspectivas da juventude. No desenvolvimento do presente trabalho, fez-se uma reapresentação histórica da origem da Escola Pública no Brasil, sua evolução e um breve histórico das políticas educacionais, bem como uma profunda análise das propostas educacionais já existentes, com destaque as suas coerências na intencionando a construção de uma sociedade almejada pela intelectualidade brasileira, para tentar mostrar que seu pensar, expresso por meio dos processos formativo, invisibiliza a existência das identidades juvenis. Mostrou-se que o atual modelo educacional inalterado e desgastado, diante dos interesses e do que busca a juventude os levam a manifestarem suas reações de formas e comportamentos variados dando existência e publicidade as suas relações culturais, negadas de se manifestarem no interior da escola, pelas regras e obrigatoriedades existentes no ambiente escolar. Isso faz da escola um território institucional, ocupado em grande maioria pela juventude, sem interesse e perspectiva juvenil, estando-os ali apenas pela necessidade de um diploma e não pelo interesse formativo. A escola passa assim a ser o local de resistência e encontro de identidades representadas pelas diversas e inúmeras arenas ali constituídas e cada vez mais crescentes e fortalecidas cada vez mais pelas ferramentas tecnológicas, que favorecem a criação e aproximação indenitária de seus adeptos. A pesquisa mostrou ainda que na escola as identidades juvenis sofrem diversos tipos de ataques negacionistas, vindos do olhar e da prática dos educadores, que as tem padronizada por um modelo moralista que cria bloqueios e impedem que a escola penetre nesse universo Juvenil. Conclui-se que a juventude, marcada por novas formas de expressões de suas identidades, vem cada vez mais perdendo o interesse pela intencionalidade formativa da escola, desinteressante aos seus desejos indenitários, que reage tentando transformar a escola em território de resistência e de manifestação de suas identidades. Conclui-se ainda que a não inclusão das identidades juvenis, “negadas” pelo currículo que se sustentam nos diversos paradigmas educacionais, gera desinteresse da juventude estudantil pelo atual papel desenvolvido pela escola, que os leva a dar novo sentido à esta e provoca a “falência” do real papel da Escola por não ser a voz das novas identidades e formas de sociabilidades juvenis existentes no seu interior.