ASSÉDIO SEXUAL NO ENSINO MÉDIO EM ABAETETUBA: VIOLÊNCIA DE
GÊNERO, IDENTIDADES E RESISTÊNCIA JUVENIL
Assédio Sexual; Violência de Gênero; identidades; Escola.
O presente texto tematiza o assédio sexual no Ensino Médio em uma escola pública no Município de Abaetetuba, na perspectiva da violência de gênero, identidades e resistência juvenil. A problemática de pesquisa visa saber como se dá a interconexão entre violência de gênero, assédio sexual e identidades na escola básica? O objetivo geral é analisar a interconexão entre violência de gênero, assédio sexual e identidades na escola básica. Os objetivos específicos estão delineados: Analisar um caso de assédio sexual ocorrido em uma escola de Ensino Médio de Abaetetuba; investigar a postura da escola diante da denúncia de assédio sexual, bem como suas ações pedagógicas preventivas; refletir os efeitos do assédio sexual na identidade da aluna envolvida; visibilizar ações de resistência ao assédio sexual na escola. O aporte teórico exigiu a incursão em diferentes categorias como juventude, resistência e saber-poder, para isso acionei: Dayrell (2009), Altman (2003), Alves (2018), Butler (2008), Del Priore (1999), Louro (2003), Foucault (1998, 2014), Saffioti (1987, 2015),
Scott (1990,1995), Paraíso (2012), entre outros/as. A decisão metodológica foi pelo estudo de caso etnografico/netnográfico. Inicia com a etnografia pós-moderna, e a partir do contexto pandêmico, incorpora elementos da netnografia. Os sujeitos da pesquisa são jovens alunas/os entre 18 a 23 anos de uma escola pública em Abaetetuba/PA.Os resultados da pesquisa apontam que na escola onde ocorreu a pesquisa, as identidades estão sendo construídas de modo relacional, nas formas pelas quais as experiências vividas constituem e medeiam certas relações da pessoa consigo mesma. Entre tais formas, há práticas e processos heterogêneos bem como estratégias que nomeiam, separam, categorizam, hierarquizam, normalizam e governam o sujeito.