AÇÕES EDUCATIVAS À PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS MANANCIAIS BOLONHA E ÁGUA PRETA DO PARQUE DO UTINGA
Percepção Ambiental, Educação Ambiental, Parque Estadual de Proteção Integral do Utinga, Unidades de Conservação, Desenvolvimento Sustentável.
Desde o final do século XX, a degradação do ambiente natural pela ação humana é
uma preocupação que envolve a sociedade por estar provocando consequências
sérias no modo de vida de nossa humanidade e de toda a biodiversidade. No âmbito
global, desde a Conferência de Estocolmo em 1972, vêm se afirmando princípios e
diretrizes com intuito de minimizar os impactos causados pelo homem e, ainda,
conservar, preservar e recuperar os recursos naturais. Dentro desse panorama, um
dos componentes que tem sofrido sérias alterações é a água, cujo papel é importante
e imprescindível para o equilíbrio ambiental do planeta, sendo um dos principais
elementos da natureza para a sobrevivência das espécies. Esta realidade exige de
nós, cada vez mais, a busca de um saber ambiental dentro de uma pedagogia que
implique na construção de estratégias a fim de determinar uma reapropriação do
conhecimento dentro de uma educação ambiental de ação transversal e
interdisciplinar, consolidando, dessa forma, novas perspectivas de diálogos e de
saberes, uma vez que o ambiente é um objeto complexo, onde se configuram entes
híbridos, feitos de natureza, tecnologia e texto. Nesse contexto, a criação de Unidades
de Conservação através do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
representa mais uma dessas possibilidades de construção de uma educação
ambiental conscientizadora, crítica e emancipatória a esse cenário de complexidade
crescente. As UCs representam espaços facilitadores de interação entre o homem e
a natureza, estabelecendo e favorecendo uma rica base de fatores que facilitam o
entendimento físico-químico e biológico dos processos vitais. Com a Rio-92, a maior
conferência ambiental realizada pela Organização das Nações Unidas, que resultou
na criação da agenda 21, reconheceu-se que a Educação Ambiental para a
sustentabilidade é um processo de aprendizagem permanentemente baseado no
respeito a toda forma de vida, abrindo e permitindo uma nova perspectiva de
discussão de Educação Ambiental mais antenada e voltada as novas tomadas de
consciência científica e social, contribuindo com o rompimento dos feudos da
disciplinarização da linguagem científica contemplada no ensino tradicional, ainda
muito presente em nosso processo de ensino-aprendizagem relacionados aos
problemas ambientais. Uma das ferramentas para o início de uma sensibilização
ambiental é a coleta de dados através da percepção ambiental dos indivíduos. Neste
contexto, o objetivo desse trabalho foi identificar a percepção ambiental de um grupo
de alunos do ensino fundamental de uma escola da rede particular do ensino
fundamental II (6o e 7o anos) de Belém, utilizando a análise do eixo temático Vida e
Ambiente de conteúdos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, como
atividades de intervenção de Educação Ambiental com os propósitos de sensibilizar e
conscientizar essas crianças para os conflitos e impactos presentes no Bioma
Amazônico e a importância da função do Parque Estadual do Utinga localizado na
Região Metropolitana de Belém na proteção e conservação de seus mananciais
Bolonha e Água Preta, assim, contribuindo no desenvolvimento de atividades de intervenção que possam gerar perspectivas positivas de transformação sócio- ambiental mais efetiva.