TRAJETÓRIAS DE RACISMO AMBIENTAL NO TERRITÓRIO QUILOMBOLA DE MACAPAZINHO: Uma oportunidade de educação contra o racismo ambiental.
Comunidade Quilombola de Macapazinho (CQM); Modo de Vida; Mudanças; e Racismo Ambiental de Estado.
A Constituição Brasileira de 1988 elenca em seu Título II os Direitos e Garantias Fundamentais individuais e coletivos, como o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito esse que vem sendo cada vez mais foco de discussões acadêmicas, jurídicas e políticas com participação de movimentos socioambientais de grupos sociais vulneráveis como as populações tradicionais. Neste sentido, este trabalho vem tratar sobre a problemática de Racismo Ambiental que vem ocorrendo com essas populações em função do modelo de desenvolvimento econômico e social e da ausência de políticas públicas voltadas ao atendimento desses grupos sociais. Dentro, portanto, desta perspectiva de Racismo Ambiental com populações tradicionais, o objetivo geral desta dissertação é verificar em que medida as trajetórias de racismo ambiental, vividas pelos coletivos de humanos e não humanos do território quilombola de Macapazinho (Santa Izabel/PA), podem ser utilizadas como insumo de material pedagógico para as crianças da escola infantil do território em questão. Para efeitos de coleta e análise dos dados desta pesquisa será adotada revisão bibliográfica sobre: quilombo, territórios quilombolas, coletivo de humanos e não humanos, território quilombola de Macapazinho, além de análises documentais, com metodologia de pesquisa qualitativa, com o uso de entrevistas semi - estruturadas aplicadas aos professores, lideranças e pessoas idosas da comunidade em questão. Entre os resultados, espera-se a elaboração e aplicação de um instrumento pedagógico na escola infantil quilombola desta comunidade que sirva/funcione como material de ensino de ciências ambientais que evidencie a história de racismo ambiental vivenciada por essa comunidade (sugiro que seja um jogo mostrando o processo de formalização do território em questão) com o intuito de inserir, no processo de ensino-aprendizagem dos discentes da escola desse território quilombola, a formação da noção de racismo ambiental e a influência deste, ao longo do tempo, nas mudanças vividas pelo coletivo de humanos e não humanos deste comunidade tradicional.