ÍNDICES DE ANOMALIA DE CHUVA E SUAS RELAÇÕES COM OS DESASTRES NATURAIS NO LESTE DA AMAZÔNIA
Amazônia, Chuva, Desastres, Índices de anomalia
Sabe-se que a Amazônia é um dos principais cenários de estudo sobre ocorrências de extremos climáticos sejam eles de seca ou cheia. Esses mesmos cenários estão diretamente relacionados com as ocorrências de desastres. Atualmente o cálculo de índices de anomalias de variáveis de tempo e clima, tem sido uma das principais ferramentas para compreender e quantificar as gravidades que os eventos extremos podem causar. Atualmente a ocorrência de desastres naturais na Amazônia tem ganhado bastante atenção da sociedade científica, pois as consequências de um desastre intenso, por exemplo, afetam diretamente a sociedade, em questões de economia, política, moradia, saúde, etc. Por este motivo, este trabalho irá calcular índices de anomalia de chuva (IAC) da cidade de Belém no Estado do Pará. Com o objetivo de caracterizar o local estudado, proporcionar um diagnóstico e um prognóstico para cenários de desastres naturais. O cálculo dos índices ocorreu através de Rooy (1965), que incorpora um procedimento de classificação para ordenar magnitudes de anomalias de precipitações positivas e negativas. Os índices foram gerados através de dados de baixa frequência de precipitação acumulada mensal, no período de 1961 a 2017, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os resultados dos índices também foram relacionados com os dados de informações básicas sobre gestão de risco e desastre, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os quais tiveram uma forte relação, pois as ocorrências de desastres desses últimos anos, estão ligadas às chuvas anômalas, de acordo com o IAC. O trabalho também entende que diversas regiões de Belém são muito mais vulneráveis acenários de desastres, pelo fato de sua formação ter sido desordenada e/ou ter carência em serviços especializados, como saneamento, macrodrenagem, etc., nesse cenário, situações como alagamentos, perda de patrimônio pessoal, pessoas desabrigadas acabam sendo mais frequentes e intensos. Gerando uma problemática nos campos social, ambiental, econômico e político.