MAPEAMENTO E GESTÃO DE RISCO DE QUEDA DE ÁRVORES EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA
Unidade de Conservação. Árvore de Risco. Mapeamento. Gestão de Risco.
As unidades de conservação são espaços que cumprem uma série de funções, cujos benefícios são usufruídos por grande parte da população. Entretanto, estes espaços, apresentam problemas de gestão, tornando vulnerais para visitação em decorrência de queda de árvores e/ou galhos que têm se mostrado um perigo em potencial. Neste sentido, vários métodos de avaliação de risco invasiva e não invasiva têm sido propostos para minimizar os fatores de risco de queda de árvore. No presente trabalho aplicou-se o método não invasivo de diagnose visual, com objetivo de elaborar um mapa de risco de queda de árvores do “Museu Parque Seringal”, no Município de Ananindeua, Pará. Para atender o objetivo deste trabalho, adotou-se uma metodologia quanti-qualitativa, a qual utiliza como parâmetros variáveis relacionadas à condição da copa, do tronco e da base do tronco. Foram analisados o porte das árvores, os riscos para os alvos e efeitos colaterais. Definiu-se um indicie final como forma de categorização dos riscos. Os resultados mostraram que 25,87% das árvores apresentaram risco de queda muito alto, 46,15% apresentaram risco alto, 26,57% dos indivíduos mostraram risco mediano e 1,41% têm risco muito baixo. Estes resultados foram espacializados com auxílio do software ArcGIS PRO Student e elaborado o mapa de risco de queda de árvores. O produto cartográfico, mostrou-se prático e pode ser um instrumento eficiente para a tomada de decisões para a gestão de risco em prol da garantia dos direitos individuais e coletivos a vida, bem como, a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Assim sendo, recomenda-se a aplicação do produto cartográfico como ferramenta para confecção de um Plano de Contigencia específico para o “Museu Parque Seringal”, para o dimensionamento das medidas necessarias de Proteção e Defesa civil, a fim
de reduzir a probabilidade da queda com atuação sobre as ameaças e as vulnerabilidades identificadas e priorizadas na análise de risco. Isso porque, a remoção do alvo para a eliminação do risco é impraticável e nem sempre é possível diminuir a frequência e a magnitude de queda da árvore, mas podemos realizar o monitoramento das ameaças, por meio do gerenciamento dos fatores intrínsecos e extrínsecos.