RELAÇÃO ENTRE A CONCENTRAÇÃO DE MATERIAL PARTICULADO E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA
Poluição atmosférica, doenças respiratórias, aerossol, MP 2,5, COVID-19.
A poluição atmosférica, acompanhada com o agravamento das mudanças climáticas, é uma das maiores ameaças ambientais à saúde humana, principalmente para as populações mais vulneráveis com idosos e crianças. As mudanças nos setores industriais e de transportes, assim como as mudanças da cobertura e uso do solo, alteram consideravelmente as concentrações de poluentes emitidos para a atmosfera. No Brasil, e principalmente nas regiões norte e centro-oeste, a estação seca é marcada por elevados registros de focos de calor. As queimadas emitem uma mistura de gases e partículas que alteram consideravelmente as concentrações e a composição da atmosfera. Essas emissões, juntamente com as emissões provocadas pela queima de combustíveis fosseis, lançam para a atmosfera grandes quantidades de gases do efeito estufa (GEE) e material particulado fino (MP 2,5), causando grande impacto na qualidade do ar e afetando a saúde das populações. Contudo, a relação entre essas emissões e seus impactos na saúde ainda carecem de estudos para a região metropolitana de Belém. Nesse sentido, esse trabalho pretende quantificar os efeitos da concentração de material particulado sobre um conjunto de doenças respiratórias para a região metropolitana de Belém, além de contextualizar e inserir a análise da Covid19 e seu impacto a saúde da população. Nesse trabalho serão utilizadas estimativas de sensoriamento remoto para o MP 2,5 (Plataforma Giovanni da NASA) e dados de saúde obtidos junto às plataformas; Sistema de Informações Ambientais Integrado à Saúde (SISAM); Secretaria de Estado da Saúde do Pará (SESPA), Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA) e DATASUS. O estudo irá buscar relações estatísticas entre essas variáveis considerando o período de 2012 a 2021.