GEOTECNOLOGIAS APLICADAS À GESTÃO DE RISCO À INUNDAÇÕES: ESTUDO DE CASO NA SUB-BACIA DO ALTO CURSO DO RIO URAIM, PARAGOMINAS/PA
Geotecnologias, crescimento populacional, vulnerabilidades.
A contextualização das ocorrências de desastres naturais em centros urbanos, se mostra fundamental no entendimento da relação causa e efeito de um presente ou ausente plano de ordenamento territorial.Os problemas de ordenamento territorial são evidentes eexpressivos quando há um rápido crescimento populacional, demandando áreas habitacionais. A partir dessa demanda, muitos loteamentos surgem, sejam nas áreas centrais, comumente verticalizados, sejam nas áreas marginais, comumente horizontais, desordendos, de baixo valor de aquisição, em condições menos favoráveis à ocupação. Estas correspondem a áreas com: encostas de alta declividade, locais rebaixados com pouca declividade, proximidade a canais de drenagem fluvial ou em planícies de inundação, onde a população mais vulnerável tende a se estabelecer (FURLAN; SPINELLI, 2020). A consequência dessa desordenada espacialização territorial, dentre outras, consiste na alteração da dinâmica ambiental, desencadeando processos de impermeabilização do solo, de canalizações e alterações de canais de drenagem.Os autores Furlan e Spinelli (2020) evidenciam que essa ferramenta de gestão é destaque quando se trata de ocorrências naturais desastrosas no território urbano. Pode-se assim entender, que o ordenamento é o ponto central, do produto entre os perigos naturais e as vulnerabilidades socioeconômicas, que resultará em um dado grau de risco (LOVANE, 2020).